12.7 C
Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Os preços não baixam nunca

Isso é um retrato de um país cuja cultura inflacionária permanece na cabeça das pessoas. Há uma tendência de sempre aumentar preços.


No Brasil os preços parecem andar numa única direção, sempre para cima. Ou algum produto essencial teve redução nos últimos tempos?

Falava-se no ano passado que os preços do arroz tiveram crescimento devido às enchentes que destruíram as lavouras do Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do país. A enchente passou, nova safra já entrou no mercado e os preços continuam sem qualquer redução.

Neste ano, os ovos viraram vilões, o preço atingiu valores nunca registrados. “Depois da Páscoa haverá queda, com certeza”, diziam os noticiários. A Páscoa ficou para trás e não há sinais de preços menores.

- Publicidade -

Cito apenas dois produtos, mas poderia relacionar também o café, que chegou a patamares nunca antes vistos neste país, para parafrasear um personagem conhecido. E até agora nem sinal de que haverá qualquer redução.

Com os combustíveis se dá o mesmo fenômeno, sempre alegando o cenário internacional, a cotação do dólar, aumento da demanda e por aí vai. O preço do barril do petróleo no mercado externo está em níveis baixos, 62 dólares o barril, uma queda de cerca de 17 por cento nos primeiros meses do ano. Em 2022 valia 140 dólares o barril, ou seja, mais que o dobro do valor atual. Estranho, mas tal queda foi ignorada no Brasil, a gasolina e os demais combustíveis se mantêm com os preços praticamente inalterados, oscilando miseráveis centavos de vez em quando.

Isso é um retrato de um país cuja cultura inflacionária permanece na cabeça das pessoas. Há uma tendência de sempre aumentar preços. Agora mesmo há uma chiadeira generalizada em relação às fracas vendas em quase todos os setores. Mas não se ouve falar em diminuir preços; parece proibido cogitar isso.

Tem gente que prefere perder dinheiro mantendo mercadorias em estoque, do que propor valores mais atraentes e vendê-los. E assim seguimos, reclamando aqui e ali, mas pagando preços sempre mais altos, em alguns casos absurdos. Não é por acaso que a população está cada vez mais endividada.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques