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Francisco Beltrão
quarta-feira, 11 de junho de 2025

Edição 8.223

11/06/2025

Um drama sem solução

A sociedade precisa olhar para essas famílias; elas não contam com qualquer apoio pra sair dessa realidade. Sei de pais que estão com a vida profissional destroçada na tentativa de ajudar os filhos


Há famílias passando por terríveis dificuldades desde o momento em que seus filhos tornaram-se viciados em jogos eletrônicos. Uma situação profundamente complicada, os jovens não querem saber de estudar, muito menos trabalhar, já não interagem nem mesmo com a família, passam o dia todo fechados num quarto.

Essa situação tem desdobramentos sérios, interfere na vida familiar, provoca separações e deixa pais desnorteados, sem saber o que fazer ou a quem pedir ajuda. Alguns pais procuraram o conselho tutelar, mas este também tem uma ação limitada e não oferece a solução.

O que fazer com um adolescente que passa o dia inteiro diante do computador ou com o celular na mão? E ao tentar tirá-lo dessa rotina, os pais são ameaçados de forma violenta. É uma realidade assustadora que vai minando e destrói completamente a vida da família.

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O filho ameaça o pai e a mãe e até os irmãos menores ficam em risco porque não se sabe até onde pode ir uma explosão do rapaz toda vez que é contrariado. Chega um momento em que a vida do casal entra em colapso, ninguém mais sabe o que fazer e o entendimento torna-se impossível.

Essa é a realidade enfrentada por muitas famílias aqui e pelo Brasil afora, todas desesperadas e sem saber que atitude tomar. Para tentar um internamento para tratamento em estabelecimento público, a espera pode demorar meses, o mesmo ocorre quando se busca uma consulta com especialista.

A sociedade precisa olhar para essas famílias; elas não contam com qualquer apoio para sair dessa triste realidade. Sei de pais que estão com a vida profissional destroçada na tentativa de ajudar os filhos. Mas como ajudar alguém que não aceita qualquer tipo de apoio?

É um drama terrível, vivenciado por muita gente que não tem voz e nem sabe as alternativas para superar o problema. Uma tragédia que parece não ter fim, gerando medo, tristeza e uma sensação de completo abandono.

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