Geral
Desde o lançamento de meu livro ?Paraná: Terra de todas as gentes e de muita história?, no dia 30/10/03, no Espaço da Arte, em Francisco Beltrão, venho me dedicando na divulgação e defesa do Paraná, principalmente de sua história. Esse trabalho se concentra junto as escolas e aos professores de história e geografia. Merece destaque os cursos realizados com os professores de história e geografia dos núcleos regionais de educação de Laranjeiras do Sul, Assis Chateaubriand, Umuarama, Goio-Erê e Cascavel.
Procuro desenvolver a tese de Alexandre Drabik, que no seu artigo no Boletim do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (volume LIV), afirmou: ?O Paraná conseguiu a emancipação política e territorial, mas tem negligenciado a incorporação dos fatos históricos que aqui ocorreram. É tempo de emancipar a sua história. A ausência de afirmação em narrativas históricas, causa a impressão de que o Paraná não tem história, pois a história do território do Paraná, primeiramente, foi escrita a partir do Rio de Janeiro e São Paulo, centro da historiografia nacional, cujos historiadores ligaram os acontecimentos por aqui ocorridos à História da Província de São Paulo. Após a emancipação, faltou ao Paraná assumir a sua própria história incorporando todos os acontecimentos que aqui foram vivenciados. A hegemonia da historiografia estabeleceu certo comportamento em relação à história de Paraná que vem sendo mantida sem que os paranaenses tentem mudar essa conduta?.
Procuro mostrar nos meus cursos que o meu livro foi elaborado para contribuir no sentido de produzir uma nova História do Paraná.
Um dos assuntos que eu tenho trabalhado nos cursos é a respeito da importância dos Lagos do Iguaçu, quando afirmo: ?Não existe no mundo uma área geografia que possua tantos lagos artificiais como os do Oeste e Sudoeste do Paraná?.
Só no Rio Iguaçu existem cinco grandes usinas e, portanto, cinco grandes lagos: Foz d?Areia, Segredo, Santiago, Osório e Caxias.
Apesar do Paraná possuir tantos lagos artificiais, esse extraordinário potencial econômico e cultural não vem sendo corretamente utilizado. Na falta de um regulamento a ocupação do entorno dos alagados está acontecendo, prejudicando, inclusive, a própria preservação do meio ambiente.
Nenhum projeto de loteamento é aprovado pelos orgãos competentes, apoiado na resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que determina a preservação da área de 100 metros no entorno dos lagos oriundos de empresas hidrelétricas. Acontece, porém, que a lei nº 4.771, de 15/9/1965, que é superior a qualquer resolução, estabelece que nas áreas urbanas definidas por lei municipal, observar-se-á o disposto nos planos diretores e nas leis especiais do município. O parágrafo único, do artigo 22 da referida lei estabelece também que nas áreas urbanas a fiscalização é de competência dos municípios.
Só uma regulamentação específica por parte dos orgãos públicos, entre eles a Copel, o IAP e a Sema permitirá um melhor aproveitamento dos Lagos do Iguaçu, nos setores da economia, do turismo e do lazer.