Geral
No dia 23 de março, a coluna Opinião do JdeB indaga: ?O Sudoeste tem 42 ou 37 municípios? Quarenta e dois, responderemos. Mas se formos ver em índices do IBGE e do Ipardes, perdemos cinco municípios, e seremos então 37?, e termina conclamando: ?Que as autoridades e entidades sudoestinos se mobilizem, em favor da região com 42?.
Para o IBGE e o Ipardes, os municípios de Palmas, Clevelândia, Mangueirinha, Honório Serpa e Coronel Domingos Soares estão fora do mapa do Sudoeste. Eles pertencem a região de Guarapuava. Possivelmente o IBGE, e o Ipardes ao colocarem esses cinco municípios na região de Guarapuava levaram em consideração o artigo nº 43 do Estatuto da Terra, onde estabelece que os estudos para o zoneamento do país deve considerar as ?regiões homogêneas do ponto de vista socioeconômico e das características da estrutura agrária?.
A ocupação dos campos de Guarapuava, a partir de 1810, e dos campos de Palmas, a partir de 1939, aconteceu de forma semelhante: ?a grande propriedade latifundiária e da criação de gado?.
A ocupação do Sudoeste, a partir principalmente de 1943, com a criação da Cango, foi baseada na pequena propriedade e produção de alimentos. Convém considerar, também que enquanto o tamanho médio da propriedade da terra no Sudoeste era de 20 hectares, na região de Guarapuava era de 60. O mesmo em relação ao módulo rural.
Para que os municípios de Palmas, Clevelândia, Mangueirinha, Honório Serpa e Coronel Domingos Soares sejam transferidos pelo Ipardes da região de Guarapuava para a região do Sudoeste, penso ser necessário comprovar que esses municípios, tanto do ponto de vista socioeconômico como da estrutura agrária, têm mais semelhança com o Sudoeste do que com a região de Guarapuava. Esses cinco municípios são, portanto, vinculados politicamente ao Sudoeste e economicamente a Guarapuava. Essa contradição tem que ser rompida e superada para o bem de seus habitantes e administradores.
O assunto é polêmico. O debate sobre o mesmo merece aprofundamento.
