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Francisco Beltrão
quarta-feira, 25 de junho de 2025

Edição 8.232

25/06/2025

Diante da crise

crise

No meio da crise geral que afeta o Brasil está o Sudoeste do Paraná. E seu desenvolvimento. Para além da crise, vive-se na dependência da melhoria da infraestrutura local. E o problema concentra-se, segundo muitos, em duas vertentes, ambas na área de transporte. De cargas e pessoas. Ultimamente o governo apareceu com a proposta de concessão por pedágio para manter nossa principal artéria de escoamento da produção. A rodovia Realeza-Palmas-Horizonte. Mas o processo foi submetido a tais audiências públicas, este negócio bonito e atraente, cheio de proposições, mas que só cria polêmica, quase nunca chegando a decisões de mudanças importantes. Estamos naquele chove e não molha. Incrivelmente incrível, quer-me parecer que o setor empresarial não se interessou pelo assunto desenvolvimento… Discutiram coisas menores sem olhar o principal: a estrada e sua importância estratégica no desenvolvimento e integração regional. Claro que, por este caminho, se possível, eu, como todos, desejaria outra situação. Uma rodovia de primeiro mundo… e sem pedágio! Mas entre o verso e o reverso de hoje, e diante das circunstâncias de que o Estado tem que prover tudo, como a roda gira? Sem falar nos defeitos das nossas administrações, sabemos claramente que o Estado não suporta, ou melhor, o cidadão, esta enorme gama de obrigações que os direitos do povo colocam sobre seu caixa. Quem sabe, todos os que não querem uma estrada com pedágio podem ter razão… Mas esta falta de interesse fez o governo abandonar a proposta. Creio eu que não sai mais nada. Resultado: ficaremos eternamente com uma rodovia de quinta categoria, cheia de problemas, de ciladas para as vidas humanas e de enormes prejuízos econômicos. Este assunto deveria ser tratado dentro de um planejamento mais sério. Eu vi, por exemplo, muitos contrários ao projeto simplesmente por ideologia política e não pela sua utilidade. Vi gente montando associações contrárias para não retirar o asfalto do centro de uma cidade (coisa rara) e assim dizer “não” a uma estrada melhor. Quanto bairrismo! E ainda outros se posicionam assim: eu sou contra porque o governador… O certo de toda essa história: o governador passa e a estrada fica. A eterna porcaria de sempre. Quantas reuniões, discussões, planejamento, busca de estratégia para desenvolver o Sudoeste. E os empresários daqui sempre dizem que o maior problema seria uma rodovia em condições. Aí estes mesmos e mais um mundão de gente empurram a oportunidade pro fundo do poço… Qual outra maneira há, senão investir em infraestrutura para buscar o desenvolvimento de qualquer região produtiva? Olhando para o andar da carruagem: agora parece mais fácil sair o aeroporto regional… Seria enorme conquista. Mas que faremos com o aeroporto sem uma infraestrutura rodoviária eficiente? Este parece ser um problema até para a ideia da aviação regional.

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