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Francisco Beltrão
quarta-feira, 25 de junho de 2025

Edição 8.232

25/06/2025

O rumo sem rumo…

política

Muitas vezes, quando tenho tempo, aos sábados de manhã passo na praça, no Calçadão, onde acontecem várias atrações: feira do produtor, feira do MEI, serviços importantes para a população, serviços de várias naturezas. O pessoal chega, monta uma barraca e começa o atendimento. Depois tem a torre… uma grande atração turística, sua fama já vai longe! Afinal, estes eventos e outros são praticamente tradicionais. A praça se enche de gente. É bonito ver… Ainda mais quando você vai lá e encontra a Catina… Eta mundo véio… Não podia ser um pouco diferente? Já veio pro meu lado com pedras na mão…
– Tu escreve pro Jornal de Beltrão e não fala nada desta política porcaria que vemos todo dia na televisão?
– Política porcaria? Até isso, Catina? Você acha? Política não é porcaria…
– A nossa é muito mais… um negócio assim, nojento. Sem rumo. Você não vê? Tem gente que não vê mais solução. Estão pedindo revolução. Saímos de uma outro dia… E aí a democracia achou que precisava uma Constituição nova… E no que deu? Você não participou da Constituição nova?
– Eu não! Nem existia esse negócio… Reuniões, sim… mas eu não fui em nehuma!
– Eu sei. Isso aí foi invenção do PT. Aliás, uma enorme porcaria! Tem audiência pública pra tudo. Feita com o povo. Calcule só! Audiência pública pra revisar o Plano Diretor do Município. Fui numa delas e me pareceu um hospício… Acadêmicos com a teoria, o povo com a prática sem prática, e os políticos no meio do tiroteio, sem entender nada. Todo mundo chorando suas dores, todo mundo querendo um mundo perfeito, todos pensando que precisamos mudar o rumo das coisas porque tá tudo errado!
– Como tudo errado…
– É o que se vê nestas audiências. A história, o passado, as lutas, o trabalho… foi tudo errado! A cidade tá uma porcaria, sem rumo. Esqueceram dos antepassados, dos sofrimentos, do início no meio do mato, sem nada! Os acadêmicos esqueceram da história, do passado… Querem até engolir o rio… Parece que tudo veio de graça. Acreditam que as coisas foram feitas só olhando o interesse econômico, que os políticos só favoreceram grupos e que dois lados só brigaram e, até hoje, ainda brigam. E nós só perdemos…
– É, Catina, acredito que eles têm razão…
– Uma ova! Você não vê a choradeira nas audiências públicas? Querem consertar tudo numa única vez… E reclamam que faltam leis… imagina só! Faltam leis…
– Catina, calma. Fique quieta! Você reclama muito…
– Mas foi o que eu vi lá. Tu sabe o que penso. O planejamento da cidade tem que ser sempre atualizado… mexido e revisado quando necessário… Melhorado! E isto tem que ser feito por um Instituto de Planejamento permanente, com entidades e pessoas que entendem da problemática… E não com audiências públicas do povão que reclama da rua, do buraco, do posto de saúde, da dor de barriga… Choram… Mas não conhecem a doença…!
– Tá certo, Catina. Não sou eu que vou desprezar o que você pensa.
– Você viu? Convocaram uma audiência pública pra ver se o povo quer ou não uma guarda municipal. Me faz rir….Se tem cabimento… Então pra que elegeram o prefeito? O povo votou e… ponto final! Escolheu o governante, escolheu o programa. Fim de papo!
– Tu não acha necessário?
– Claro que não! Isso aí é que nem eleição. Faz, faz, faz… lei, lei, lei… e…. sempre acham que tá tudo errado! Você não ouve a Onda Sul?
– É, às vezes…

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