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Nesta semana, a CDL de Beltrão promoveu a primeira reunião com sua nova diretoria e algumas coisas me chamaram a atenção. Uma delas é o fato de, no encontro de abertura, já aparecer o assunto decoração de Natal, que é visto pelos lojistas como fundamental para garantir o sucesso das vendas de fim de ano. O que vejo de mais importante é que, se queremos ter alguma coisa chamativa, capaz de atrair gente de fora e de orgulhar – ou, ao menos, não envergonhar – os beltronenses, é preciso começar cedo a conversa e as ações. E o que a CDL defende, há tempos, é que a decoração de Natal seja uma constante no município. Independentemente de quem seja o prefeito, o grupo político, a entidade quer que exista o compromisso com a ação natalina, que dá mais cores, luzes e ânimo à cidade. Acredito, todos concordamos que é importante. Se o comércio vai bem, a comunidade vai bem. Tem a geração de empregos e tributos e a motivação para novos investimentos. O que não pode é uma cidade do porte de Beltrão ficar, literalmente, às escuras no fim de ano. O cotovelo dói mais ainda quando vemos Pato Branco fazendo um belo trabalho, que, aos moldes de Gramado (RS), alia decoração e eventos. E, claro, atrai gente de toda a região e fatura com isso. Beltrão não apenas ficou para trás, parece ter voltado à estaca zero neste assunto. Vai ter de recomeçar, reaprender e inovar. Sabe-se que o investimento para esse tipo de ação não é pequeno, exige do poder público determinação, planejamento e logística, para que o material utilizado neste ano possa ser reaproveitado no próximo, e a cada ano a decoração seja maior, mais abrangente. Mas temos de encarar como um recomeço e não imagino que tenhamos uma decoração fabulosa em 2017. Espero, ao menos, que possamos enxergar um bom princípio, com potencial de evolução. E, parece, a Prefeitura já se movimenta para uma ação neste sentido, mas nada ainda está muito claro. E olhe, ao meu ver, se é pra fazer a coisa direito, tem de começar já, como se o Natal fosse em junho, porque o ano passa rápido e o trabalho do poder público, mesmo que bem intencionado, é sempre amarrado pela burocracia. É edital pra cá, licitação pra lá, e se passam meses. Outra coisa que espero é que os empresários façam a sua parte. Convenhamos, em 2016 teve loja que não foi capaz de montar um pinheirinho na vitrine. Na primeira reunião da CDL, a diretoria se mostrou ciente de que não dá pra esperar tudo da Prefeitura, que a responsabilidade tem de ser dividida também com as entidades, empresas e, inclusive, com o cidadão. Comentou-se sobre a possibilidade de reativar o concurso que premiava as fachadas e residências melhor enfeitadas para o Natal. É válido. O que acho ruim é ficar procurando desculpas e não fazer nada. É preciso mostrar que ainda temos sinais vitais, que estamos dispostos a tentar. Que bom que a CDL, uma entidade com tradição e experiência em campanhas premiadas para o Natal, está disposta a encarar essa luta.
