Geral
Procurando esconder, por vezes, uma qualidade negativa da teimosia humana, um provérbio da língua polonesa diz o seguinte: você cospe na cara da pessoa e ela diz que está chovendo. Os teimosos muitas vezes se comportam contra a ordem natural das coisas.
Ou seja, eles sabem e têm consciência de que podem estar equivocados, mesmo assim persistem no erro contra todas as evidências. Na maioria das vezes a teimosia é movida pela raiva, pela decepção ou frustração, pouco importando com as conseqüências.
Os teimosos sempre se insurgem contra alguma coisa. Isso demonstra comportamento típico de infantilidade. Luiz Almeida Marins Filho, professor de antropologia empresarial, motivação e sucesso, afirma que há uma sutil diferença entre persistência e teimosia.
Falando para mais de 600 empresários, boa parte lhe fez a seguinte pergunta: até quando você deve persistir com uma idéia, com um negócio ou com uma empresa, antes de desistir? Afirma o professor que a diferença está na forma como se faz.
Na teimosia, as pessoas insistem (batem na mesma tecla), com os mesmos erros, as mesmas pessoas e imaginando que de uma hora para outra a situação vai mudar. Na persistência, há mudança nas determinações, uma visão de novas idéias e na busca de renovações alternativas, sem perder o ânimo no segundo ou terceiro embate de dificuldades. Afinal, não haveria estímulo se o sucesso nos caísse no regaço, sem maiores esforços.
Costuma-se dizer que de todos os sentimentos, o amor é o mais forte, inclusive, o mais teimoso. Um texto, cuja autoria desconhecemos, assim se refere: ?Todos os sentimentos cansam e desistem, menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso! Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando na impossibilidade, não morre?.
Alguns estudos sobre a psicologia do comportamento humano afirmam que as pessoas teimosas não conseguem desfrutar a vida de uma maneira equilibrada. Pequenas coisas podem se transformar em problemas em função de sua teimosia.
O conto a seguir reforça a máxima de que o pior cego é aquele que não quer enxergar: ?Um camponês voltava para casa, quando viu um jumento no campo.
? Não sou apenas um jumento. Vi o messias nascer. Vivo há dois mil anos, e estou vivo para dar este testemunho.
Assustado, o simplório correu para a igreja e contou para o pároco.
? Impossível, disse ele.
O campesino pegou-o pelas mãos e levou-o até onde estava o jumento. O animal repetiu tudo o que dissera.
? Repito: animais não falam, disse o padre.
? Mas o senhor ouviu, insistiu o camponês.
? Como você é tolo! Prefere acreditar num jumento que num padre!? Moral da história: há pessoas que se valem da importância de seus cargos na sociedade, para expressar aquilo que acham ser a sua verdade.