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Francisco Beltrão
sábado, 24 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

O Cordeiro pascal transformou-se em Pastor!

Tradicionalmente o 4º Domingo da Páscoa é o “Domingo do Bom Pastor” e dia de orações pelas vocações presbiterais e religiosas, e, ainda, sendo o 2º Domingo de maio, dia de súplicas, de gratidão pelas mães, vocacionadas por excelência no projeto e missão do Criador. Rezemos ao Pai, pela intercessão de Nossa Senhora, pela vida de nossas mães! Jesus, o Senhor, pela sua morte e ressurreição conquistou para Si um rebanho, que Ele conduz às pastagens eternas. De ovelhas desgarradas tornou-nos comunidade de pessoas, que conhecem e seguem a sua voz. Que sorte a nossa, poder ouvir a sua voz, sermos chamados pelo nome e experimentarmos a sua predileção. Alegria maior é ouvir a promessa que o Bom Pastor nos faz; “Eu dou-lhes a vida eterna e vós jamais se perderão”. Veja bem que promessa o Senhor nos faz: “Jamais se perderão”. O Evangelho de João nos revela a relação estabelecida entre o Pastor e as ovelhas (cf. Jo 10, 27-30). A missão do Bom Pastor é dar vida às ovelhas. O evangelista João descreve a ação de Jesus como uma recriação e revivificação da pessoa, no sentido de fazer nascer o “Homem Novo”. Os que aceitam a proposta de vida que Jesus lhes faz, não se perderão nunca, “nunca hão de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10,28), pois a qualidade de vida que Jesus lhes comunica supera a própria morte. O próprio Jesus está disposto a defender os seus até dar a própria vida por eles. As ovelhas, os discípulos, por sua vez, têm de escutar a voz do Bom Pastor e segui-lo (cf. Jo 10,27). Isto significa que fazer parte do rebanho de Jesus é aderir a Ele, escutar as suas propostas, comprometer-se com Ele e, como Ele, entregar-se sem reservas numa vida de amor e de doação ao Pai e aos irmãos e irmãs.

Em Cristo Ressuscitado, uma nova humanidade!

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O objetivo é fazer nascer uma nova humanidade. Na nossa cultura urbana, a imagem do pastor é uma parábola de outras épocas, que pouco diz à nossa sensibilidade; em contrapartida, conhecemos bem a figura do líder, do presidente, do chefe: não raras vezes, é alguém que se impõe, que manipula, que arrasta, que exige. Mas Jesus, o Bom Pastor, nos propõe e convida-nos a descobri-lo como o “único Pastor”: uma figura que evoca doação, simplicidade, serviço, dedicação total, amor gratuito. O “Bom Pastor” é alguém que é capaz de dar a própria vida para defender das garras das feras as ovelhas que lhe foram confiadas. Para os cristãos, o Pastor é Cristo: só Ele nos conduz para as “pastagens verdadeiras”, onde encontramos vida em plenitude. Nas nossas comunidades cristãs, temos pessoas que presidem e que animam. Podemos aceitar, sem problemas, que eles receberam essa missão de Cristo e da Igreja, apesar dos seus limites e imperfeições; mas convém igualmente ter presente que o nosso único Pastor, aquele que somos convidados a escutar e a seguir sem condições, é Jesus Cristo. As “ovelhas” do rebanho de Jesus têm de “escutar a voz” do Pastor e segui-lo. Isso significa, concretamente, percorrer o mesmo caminho de Jesus, numa entrega total aos projetos de Deus e numa doação total, de amor e de serviço aos irmãos e irmãs.

Uma única voz em meio a tantas outras…

Como distinguir a “voz” de Jesus, o Bom Pastor, de tantos outros apelos, de propostas enganadoras, que não conduzem à vida plena? Através de um confronto permanente com a sua Palavra, através da participação nos sacramentos onde nos é comunicada a vida que o Pastor nos oferece e num permanente diálogo íntimo com Ele. Hoje, nós também devemos nos colocar dentro do redil do Senhor. Ele nos envia como seus mensageiros para que mais pessoas possam entrar no número dos salvos. Jesus fala em levar a salvação até os confins da terra.  Onde fica este lugar? Os confins da terra não será talvez a sua família, sua comunidade de fé, seus colegas de trabalho?  O Bom Pastor quer você agora como membro do seu rebanho!

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