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Francisco Beltrão
quarta-feira, 25 de junho de 2025

Edição 8.232

25/06/2025

Como fazer valer o direito das mulheres

Você sabia que só faz 61 anos que as mulheres conquistaram o direito de abrir conta no banco, trabalhar e estudar sem a autorização do marido?


Foto: Murilo Somenssi.

Esta semana participei do Dia Delas, promovido pelo Creas, um evento alusivo ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A data chama atenção para a denúncia da violência contra as mulheres no mundo e também exige políticas em todos os países para sua erradicação.

No Brasil, a parcela feminina representa 51% da população – estamos falando de 109 milhões de mulheres brasileiras (IBGE). Avançamos, claro! Mas a desigualdade de gênero segue ainda como um problema crônico em nossa sociedade. Os direitos conquistados representam marcos em desenvolvimento na luta e proteção à vida das mulheres, porém estão constantemente ameaçados e sofrem retrocessos de maneira recorrente ao redor do planeta e também no Brasil.

Faço um breve histórico para você pensar. Você sabia que só faz 61 anos que as mulheres conquistaram o direito de abrir conta no banco, trabalhar e estudar sem a autorização do marido? Ou que por quase 40 anos (de 1940 a 1979) existia uma lei que impedia mulheres de praticar esporte no Brasil? Ou até mesmo que, ainda nos dias de hoje, mulheres brancas recebem 30% a menos no salário para exercer os mesmos cargos e funções que os homens, enquanto mulheres negras recebem 56% a menos que eles? (Pesquisa IBGE 2019).

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Em 1932, as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, graças à luta das sufragistas, que enfrentaram resistência e preconceito por parte da sociedade e das autoridades. Na década de 1960, com o movimento feminista ganhando força em todo o mundo, as mulheres brasileiras passaram a reivindicar uma série de direitos. Só em 1988, a Constituição Federal reconheceu a igualdade de direitos entre homens e mulheres, o que representou um avanço significativo na luta pelos direitos femininos.

Nas últimas décadas, as mulheres brasileiras têm conquistado cada vez mais espaço na sociedade, com a participação em diversos campos profissionais e políticos. Leis e políticas públicas têm sido implementadas para combater a violência contra a mulher e garantir a igualdade de oportunidades em diversas áreas. Conhecer os próprios direitos é o primeiro passo para combater a desigualdade. E o segundo passo é se apropriar e fazer uso desses direitos.

Acredito no poder da educação e do conhecimento para mudarmos a realidade. Muito ainda precisa ser feito para garantir a plena igualdade entre homens e mulheres no Brasil. As mulheres ainda enfrentam desigualdades no mercado de trabalho, na representação política e na vida cotidiana, sendo vítimas de discriminação, assédio e violência. Por isso, é fundamental fazer valer os direitos já conquistados e continuar lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.

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