Melissa
Na semana passada falamos sobre tendências no comportamento do consumidor, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, entendendo o contexto das mudanças. Hoje continuamos analisando os resultados da pesquisa, focando nas macrotendências relacionadas a hábitos e comportamentos sociais. A primeira macrotendência é a vida conectada. A conectividade adotou um caráter essencial, as pessoas passaram a valorizar mais a praticidade oferecida por essas tecnologias, desejando soluções para questões rotineiras, sem precisar sair de casa. Essa macrotendência tem as seguintes características:
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– Consumo digital: o público se habituou a consumir serviços digitais, desde bancos a telemedicina, e por isso agora passa a esperar que consiga solucionar a maior parte dos problemas cotidianos de forma on-line. Assim, o consumidor passa a entender visitas a espaços físicos, mais como passeio e lazer.
– Vídeos e as redes audiovisuais: as redes sociais passaram dos textos e fotos para a era audiovisual, cada vez mais ganhando espaço.
– Smart homes, smart life: a internet das coisas finalmente se torna real, com casas inteligentes, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, lâmpadas, entre outros, acionados por aplicativo ou com controle de voz. Ainda não é uma febre, mas tende a transformar o cotidiano e passar o entendimento do consumidor como itens essenciais. A estimativa é que o segmento de casas inteligentes cresça em média 11,9% nos próximos anos. Eu aposto até mais!
Outra macrotendência é o celebracionismo, na qual o consumidor está numa grande jornada de auto aceitação, buscando criar um mundo mais gentil. Por isso objetiva celebrar as diferenças, e tem as seguintes características:
– Orgulho das raízes: o consumidor passa a ter orgulho de suas raízes e isso se reflete nas suas roupas, costumes, músicas, comida entre outros aspectos. O que antes era considerado uma peculiaridade que devia se adaptar a uma cultura dominante, agora passa a ser sinônimo de resistência e orgulho, impulsionando assim o consumo de produtos regionalistas e nostálgicos.
– Identidades fluidas: considerando que o consumidor não faz parte apenas de um grupo específico, ele pode transitar pelos grupos que quiser e por isso pode ser quem quiser e consumir o que quiser. Se por um lado as raízes são valorizadas, por outro, nossa bagagem cultural se torna mais única, com indivíduos que fazem parte de diferentes grupos e locais. Assim, o público-alvo da sua empresa pode não ser mais caracterizado por idade, gênero ou classe social, porque os interesses se misturam.
– Vozes das minorias: tendência das empresas considerarem necessidades específicas ao desenvolver produtos para diferentes corpos, etnias ou faixas etárias.
– O poder do coletivo: envolve a aceleração do aprimoramento de serviços on-line, com cada vez mais interação de pessoas e grandes grupos de forma on-line, considerando que as pessoas gostam de se sentir parte dos processos.
No próximo artigo, seguimos com mais macrotendências!
Melissa Faust
Administradora, Especialista em Gestão de Pessoas e Engenharia de Produção
Consultora Empresarial
CRA-PR 28569
melissa_faust@hotmail.com