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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Ética no ambiente de trabalho

Ética

Nesta semana, participei de um evento promovido pelo Conselho Regional de Administração, uma palestra com o historiador Leandro Karnal, que abordou o tema “Conversando sobre ética nas corporações”. Este é um tema que nos inspira a analisar como nossas atitudes e valores imprimem uma postura profissional ética no nosso trabalho, e também como questões culturais amenizam ações antiéticas.
Karnal enfatizou que temos uma cultura na qual não somos habituados a assumir a responsabilidade, se um aluno vai mal na prova, tem sempre uma justificativa que nunca é dizer “eu não estudei”. Isso também se reflete no trabalho, quando não atingimos uma meta, quando perdemos uma venda, ou esquecemos um compromisso, costumamos ter uma justificativa e não a postura de assumir o erro. Muitas vezes ações antiéticas e até mesmo ilícitas ganham uma imagem amena devido à justificativa do “todo mundo faz” ou do “é assim mesmo”.
O conceito de ética pode ser simplificado nas ações que podem ser assumidas em público, mas que escolhemos fazer mesmo sem ninguém ver. E como profissionais, as questões éticas precisam balizar nossas ações, pois uma carreira não pode ser construída sem alicerces fortes.
Ser ético também é assumir as consequências das escolhas que fez, isso inclui realizar seu trabalho com eficiência independente da sua motivação ou descontentamento.
O cliente sempre espera um comportamento ético que inclui o atendimento eficiente, o cumprimento de promessas, prazos e resultados, quer confiar na integridade do produto ou serviço.
Buscar a competência também faz parte do comportamento ético no trabalho. Pois o comportamento contrário a isso identifica claramente a falta de ética profissional: atender a pessoas demonstrando desmotivação e falta de vontade; executar o trabalho pela lei do menor esforço; descumprir normas da empresa; tentar burlar procedimentos; esconder erros; agir com arrogância menosprezando outros colegas ou mesmo clientes. 
Até mesmo a falta de inteligência emocional gera atitudes antiéticas, quando os conflitos interpessoais determinam a improdutividade e o clima ruim de trabalho.
Dentro das organizações ainda se percebe o quanto o “manda quem pode, obedece quem tem juízo” ainda influencia o comportamento das pessoas, gerando uma falta de comunicação que acaba se sobrepondo a ética. Pois muitos profissionais têm dificuldades de expor suas ideais, opiniões, erros visualizados, dificuldades, por não saber como falar para o chefe, considerando que as informações que tem não serão bem recebidas ou bem interpretadas.
A trava na comunicação entre líderes e liderados gera prejuízos, perda de oportunidades e mesmo ações antiéticas, pela falta da inteligência emocional e habilidade de comunicação para conseguir expor os problemas e buscar soluções. Pois assim como culturalmente não gostamos de assumir os erros, também não gostamos que eles sejam apontados. E a oportunidade de crescer e melhorar fica limitada pela incapacidade de aceitar o que precisa ser mudado.
O professor Karnal também abordou na palestra o fato de que hoje as pessoas têm acesso à informação, que nem sempre é correta ou verdadeira, mas não têm acesso ao conhecimento. Precisamos construir o nosso conhecimento e a aplicação prática dele. Pense nisso e em como sua atuação profissional pode ser mais ética melhorando a sua comunicação e ampliando seu conhecimento!

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