
Viajar não é bom! Viajar é maravilhoso! Eu não sei vocês, mas pra mim viajar é um dos melhores momentos da vida, e olha que já tive a oportunidade de conhecer alguns lugares neste nosso mundão. Sair da caverna e viver a vida, aproveitar as oportunidades, conhecer pessoas e ter experiências incríveis é pra mim parte da definição de uma vida de sucesso. Em Portugal, quando fui fazer o meu mestrado, o meu professor, um senhor de muitos anos de academia e experiência de vida, falou em sala de aula: “O mundo é uma aldeia”.
Pra uma interiorana, que estava saindo da sua casca de ovo e se permitindo a desbravar o mundo, esta frase foi a chave que faltava pra abrir a porta de todos os lugares que eu quisesse um dia visitar! E foi mais ou menos por aí que tudo começou, e venho aqui hoje trocar com você esta minha experiência no Japão. Quando falamos em temas como cidadania, disciplina, respeito ao próximo, cultura, leveza, limpeza, natureza, bom gosto, sofisticação, tecnologia, qualidade, sustentabilidade, falamos em Japão.
As minhas experiências foram tão positivas que, nos meus planos, quero voltar para ficar dois meses no Japão. Lá tudo é impecável, as ruas e calçadas são extremamente limpas. Eu fiquei impressionada quando estive em Tóquio, o asfalto deles tem um sistema de absorção do som, ou seja, se você não olhar, mal ouve os carros passando, parece que flutuam.
Quanto à construção civil, problemas como sujeira, entulhos, desorganização, muito comuns por aqui, pois bem, lá não tem. É de uma organização e limpeza que você nem acredita que está havendo uma obra por ali. A arquitetura japonesa se difere bastante quando estamos no interior e em grandes centros. Mas é tudo de tão bom gosto, com muita arte e movimento, não é apenas concreto por concreto, tudo tem conceito, é inspirador. A sensação que tenho é que cada construção está relacionada a outra, é uma inter-relação que faz com que todos os espaços façam sentido e comunguem uns com os outros e com a natureza. É incrível. Por outro lado, morar no centro de Tóquio, num apartamento de 25m² é luxo e caríssimo.
O que falar dos parques dentro das cidades? Nunca vi nada igual. A relação homem e natureza, é isso que quero desbravar muito por lá, este respeito que eles têm pelo ser vivo, a delicadeza, ao ver aqueles idosos de cócoras por horas cuidando de cada pétala, de cada folha, eu vou dizer é simplesmente surreal pois não encontro outra palavra para expressar. O famoso “trem bala” é lindo, é limpo, é sofisticado, é rápido demais. Os taxistas usam luva branca, pra você ter noção da sofisticação, limpeza e cuidado com ambiente e com o outro que irá utilizar aquele carro. E a simpatia e delicadeza deles ao te receber, impecável.
E quando falamos em descarte de lixo, fiquei chocada! Eu andando pelas ruas de Tóquio não encontrei nenhuma lixeira nas ruas. Na minha limitação cultural pensei: estou num país de primeiro mundo, como é possível não ter lixeira? No Japão, você é responsável pelo seu lixo até o descarte final, e não terceiriza esta responsabilidade para os outros. Se você come uma fruta no caminho para o trabalho, você coloca a casca dentro da sua bolsa e quando chegar no seu trabalho ou na sua casa, faz o descarte correto.
Hoje, eu também comungo deste conceito, pois se fôssemos responsáveis pelo nosso lixo, nossas casas e ruas seriam mais limpas, teríamos muito mais zelo e consciência ao fazer o descarte correto e as empresas teriam ainda mais responsabilidade social sobre o planeta Terra. Quer saber mais sobre minhas vivencias no exterior? Me segue nas minhas redes sociais @bela.habits