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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Por menos maquiagem verde e mais mudanças reais

O perfil dos consumidores mudou e tem influenciado fortemente na tomada de decisão por parte das empresas na adoção de práticas mais responsáveis e comprometidas com as demandas globais urgentes. Segundo a Worth Global Style Network (WGSN) — empresa americana que prevê tendências de consumo—, os novos perfis de consumidores podem ser resumidos em: consumo orientado pelo valor, consumo voltado para um propósito e sustentabilidade terceirizada. Já uma pesquisa realizada pelo World Economic Fórum em 2020, que entrevistou 21 mil pessoas em 28 países diferentes, concluiu que 86% dos entrevistados desejam ver mais sustentabilidade e equidade nos produtos do mercado. A questão é que os consumidores esperam mudanças reais das empresas, além do comprometimento com as causas comuns a toda sociedade em seus diferentes âmbitos.

Greenwashing (maquiagem verde) não cola

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Temos visto mudanças em todos os setores empresariais, considerando as novas demandas das partes envolvidas. Inclusive, temos um novo conceito sendo apresentado pelo mercado: o capitalismo de stakeholders, ou seja, um capitalismo que atende não apenas aos lucros da empresa, mas também às demandas de todas as partes envolvidas na cadeia de valor. Os stakeholders são representados pelos acionistas, clientes, investidores, fornecedores, colaboradores, comunidade do entorno, entre outros, a depender do ramo de atuação. Desde a Rio-92, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Organização das Nações Unidas vem tratando do tema Desenvolvimento Sustentável. Nos últimos 30 anos, o tema vem ganhando notório destaque e necessidade de uma nova governança corporativa. A partir do ano 2000, o Pacto Global ganha importância, que é uma iniciativa da ONU para engajar empresas, a partir de princípios fundamentais sobre Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção. Em 2004, surge o termo ESG, em uma iniciativa chamada Who Cares Win (Quem se importa ganha), entre CEOs de empresas e investidores mundiais, via Pacto Global e o Banco Mundial. A campanha fazia referência à necessidade do mundo corporativo também contribuir com a diminuição de riscos ambientais, sociais e de governança, com base nos 10 princípios do Pacto Global. Já em 2015, a ONU se apresenta com um novo modelo de gestão ao mundo, a Agenda 2030, com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS. Assim, os critérios ESG ganharam ferramentas para sua implantação, no mundo corporativo, com objetivos e metas dos ODS. Apesar do tema ESG ser debatido há pelo menos duas décadas em outros países, no Brasil tem se destacado recentemente, desde meados de 2019, em meio à pandemia da covid-19, quando os critérios associados a ESG foram reforçados e quando a Black Rock se pronuncia, ampliando sua visão em prol de um impacto positivo para todas as partes envolvidas. Ou seja, temos novos consumidores e novas formas de gestão, que estão associadas a toda cadeia de produção e não apenas ao produto ou serviço final. Quer saber ainda mais sobre todas estas mudanças, me segue nas redes sociais @bela.habits

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