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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Uma cozinha bagunçada e dois sacos de lixo mudaram minha vida

A realidade estava ali na minha frente, mesmo eu não querendo acreditar.  E foi ali, sentada no chão, entre os sacos de lixo, que virei a chave e entendi que tinha um propósito nesta vida, o de me apresentar como um ser transformador e responsável.

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Poderia ser uma história linda ou uma tragédia de algum livro best seller, mas não. Foi algo corriqueiro do dia a dia e acredito que você, em algum momento, já passou por isso também. Veja só. Em 2018, numa sexta-feira qualquer, recebi amigos e familiares em casa para um jantar casual. Tarde da noite, cansada depois de um dia inteiro de trabalho — pasmem, nesta época eu ainda tinha uma empresa no Líbano e começava a trabalhar às 3h30 da madrugada — resolvi deixar a cozinha bagunçada pra arrumar no outro dia pela manhã. 

No dia seguinte, depois de horas de muita dedicação e limpeza, eu fui pegar o lixo para descartar — é claro que orgânico para um lado, reciclado para o outro. Ali olhei para aqueles dois sacos grandes de lixo reciclados; ali sentei, ali fiquei e ali chorei. Minha indignação foi tentar entender como, em uma noite com apenas seis pessoas, pudemos gerar tanto lixo? A conta não fechava. Porém, a realidade estava ali na minha frente, mesmo eu não querendo acreditar. 

E foi ali, sentada no chão, entre os sacos de lixo, que virei a chave e entendi que tinha um propósito nesta vida, o de me apresentar como um ser transformador e responsável por levar informações às pessoas. Fazer com que a sustentabilidade seja entendida em sua essência.  Parar de passar pano nas verdades e jogar a real para todos sobre as grandes tragédias e escolhas terríveis que estão nos levando a auto destruição da espécie e do meio ambiente.

Chocada! Eu fiquei quando percebi que as pessoas não queriam saber sobre o assunto. Alguns me achavam a defensora de uma causa qualquer, outros simplesmente ignoravam. Foram muitos “nãos”, é claro, como costuma acontecer com tudo que é “novo”, que na verdade, de novo não tem nada, porque falar sobre sustentabilidade é falar sobre a existência humana, sobre estilo de vida, hábitos, crenças, auto amor, zelo, cidadania, meio ambiente, relacionamento, relações familiares. Será que esqueci de algo? Ah, sim, é falar sobre ter consciência da vida!  Mas o foco foi sempre no “sim”.

Moda sustentável

Foi então que criei a Hábito, uma forma de ser ouvida, que me permitiu conectar com seres humanos incríveis e criar parcerias até então inimagináveis.  E, com estas pessoas, realizamos o primeiro desfile de moda sustentável de Maringá. Me achei ‘imparável’ — este era o sentimento daquele meu momento. 

Mas, aí veio a pandemia e me parou, e os projetos congelaram. Hora de dar uma nova roupagem ao meu trabalho, à algumas verdades e lidar com difíceis decisões perante o caos no mundo. Aceitei o desafio, me redescobri, me permiti e hoje estou aqui escrevendo pela primeira vez a minha história.

Por isso, quero dizer, permita-se, aceite o novo, novos hábitos, já passou da hora de seguir um novo modelo de vida. Vamos viver a vida em sua plenitude, mas para isso, você e eu precisamos cuidar do meio. Não se esqueça: Nós também somos o meio! Cuide-se!

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