Até certo tempo atrás, havia uma expressão popular que dizia “ninguém sabe o que se passa na barriga de mulher grávida ou em cabeça de juiz”. Graças ao ultrassom no pré-natal, a primeira parte do ditado havia caído por terra. Mas agora, a Inteligência Artificial terminou de vez com o sentido dessa frase.
É que softwares que utilizam algoritmos já são capazes de fazer predição de sentenças usando a estatística. A probabilidade das decisões de um juiz é apontada com base em todos os julgados já realizados pelo magistrado ao longo da carreira. Assim, os advogados conseguem analisar com maior assertividade as chances de sucesso ao ingressarem com determinada estratégia nos processos.
As lawtechs e legaltechs não param de “pipocar” mundo à fora. São startups que desenvolvem soluções tecnológicas voltadas ao mercado jurídico e, analisando o cenário atual, parece ser um movimento sem volta. Com isso, a reflexão em voga já não é mais se a tecnologia vai tornar os advogados obsoletos, mas sim, quando isso vai acontecer.
Por outro lado, a transformação do mercado jurídico trará grandes oportunidades para os profissionais que aprenderem a usar essas novas ferramentas. Portanto, para evitar ser ultrapassado, não basta mais conhecer as leis, a doutrina e a jurisprudência. Os operadores do Direito, pós-Revolução 4.0, também precisarão dominar a tecnologia da informação e mecanismos de eficiência para atingirem os melhores resultados.
