O mundo moderno nos trouxe uma infinidade de confortos e um amontoado de coisas que vamos “acumulando” ao longo da vida. Olhe ao seu redor, quantas coisas estão “sobrando”.
Nos últimos anos, principalmente depois da pandemia, tem se observado um aumento significativo no número de pessoas que optam por abandonar seus empregos formais em busca de uma vida mais livre e aventureira. A maioria escolhe levar uma vida nômade, vivendo próximo de belas paisagens e contando nas redes sociais como é seu dia a dia. E esse movimento é crescente.
As pessoas não querem mais passar décadas trabalhando, muitas vezes em uma função que não tem o menor significado, apenas para ver suas vidas resumidas a uma série de registros na carteira de trabalho. A consciência de que o tempo é o recurso mais valioso levou muitos a questionar o valor de acumular bens materiais em detrimento da qualidade de vida.
O mundo moderno nos trouxe uma infinidade de confortos e um amontoado de coisas que vamos “acumulando” ao longo da vida. Olhe ao seu redor, quantas coisas estão “sobrando”, uma mesa, uma cadeira, móveis, mais de um carro na garagem, um cômodo vazio na casa, eletrônicos, roupas, calçados que você comprou e não usou, tudo isso teve um custo. Essa abundância também gerou um excesso de itens que muitas vezes são adquiridos sem necessidade real.
A conta é simples, você vende seu tempo e seu conhecimento por um salário. E tempo é o que mede nossas vidas. Se você gasta mal o dinheiro que você ganha, está gastando mal sua vida. Se você está se enchendo de supérfluos, está jogando sua vida fora. Logo, se eu não preciso e não uso tudo que tenho, será que preciso trabalhar tanto? Bom, esse é ponto.
Essas pessoas que saem por aí curtindo a vida entenderam que dá pra viver com menos. Se não preciso acumular tanto, também não preciso trabalhar muito. Nesta semana vi um vídeo do bilionário Elon Musk, empresário que atua em muitas frentes de tecnologia, em que ele diz que a automação associada à inteligência artificial trará desemprego em massa num futuro não distante. Na opinião dele, os governos simplesmente terão que estipular uma renda vitalícia para as famílias.
Mas isso nem seria o problema, pois haverá abundância de tudo, o custo de produção dos robôs será muito menor do que temos hoje. A grande interrogação é, sem necessidade de trabalhar, como as pessoas irão ressignificar suas vidas?
