Nos últimos meses, quase todo empresário, produtor rural ou morador da região tem um relato de prejuízo ou perdas decorrentes das frequentes quedas de energia. O problema, ao que parece, atingiu um ápice nestes dias de calorão, quando todos recorrem ao máximo ao ar-condicionado. Torna-se evidente que o sistema elétrico enfrenta uma sobrecarga preocupante.
A Copel está construindo uma nova subestação no Bairro São Cristóvão. Embora a obra tenha enfrentado alguns percalços e ficado paralisada por um período, é urgente que ela entre em operação o mais breve possível. O problema não é recente; há pelo menos 3 ou 4 anos, existe um aumento significativo nos relatos de quedas de energia.
Se para o morador comum o prejuízo é considerado pequeno, para o setor produtivo torna-se uma verdadeira dor de cabeça. Produtores de leite veem seus produtos perecerem sem refrigeração, aves morrem nos aviários ao calor excessivo, e as indústrias enfrentam a constante ameaça de componentes tecnológicos danificados a cada oscilação de energia. Todos esses contratempos se traduzem em custos para o produtor e o empresário, os quais, por sua vez, repassam esses encargos para o produto.
O consumidor final, por seu turno, é quem suporta o ônus financeiro, tornando nossa indústria e agropecuária menos competitivas. É preciso uma solução para esse impasse que afeta não apenas o bolso do consumidor, mas a sustentabilidade de setores essenciais para nossa economia.