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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.217

03/06/2025

O equilíbrio necessário das decisões

”Tornamo-nos reféns daquilo que acreditamos que estão aguardando de nós e, desta forma, deixamos de lado o que nos torna exclusivos: nosso próprio desejo.”

Atire a primeira pedra aquele que não pensa várias vezes antes de postar uma foto nas redes sociais. Será que receberei muitas curtidas? Será que alguém irá comentar? Sim, a sensação é de que estamos sendo julgados o tempo todo. O resultado é um receio contínuo de não agradar. Se o olhar dos outros influencia para algo simples, como postar uma foto, como estará incidindo em decisões mais importantes?

Nós somos o resultado de uma sequência de decisões. Revisitar memórias, em grande parte, significa encarar momentos em que uma opção foi escolhida. Há bandeiras espalhadas no mapa da nossa história e cada uma delas significa que um caminho foi tomado. E sim, nós estamos escolhendo o tempo todo. Seja algo simples, como em qual restaurante almoçar, ou algo denso, como qual profissão devo seguir.

Naturalmente, o ideal seria que as opções fossem baseadas naquilo que queremos. Deveríamos ouvir o que está em nosso íntimo e dar o próximo passo. Todavia, somos cercados por uma enxurrada de influências desde o momento inicial que chegamos aqui. E esta é a primeira barreira que enfrentamos. É claro que este direcionamento inicial dos nossos pais é importante. No entanto, aos poucos, precisamos colocar o nosso filtro para favorecer o entendimento daquilo que realmente faz sentido para nós.

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O segundo obstáculo, que já possuía altura considerável, tornou-se gigantesco. Trata-se deste olhar julgador que decide o que é ridículo e o que é aceitável. Tornamo-nos reféns daquilo que acreditamos que estão aguardando de nós e, desta forma, deixamos de lado o que nos torna exclusivos: nosso próprio desejo.

O fato de que somos seres sociais sempre torna o outro relevante. É natural que nossas decisões também sejam pautadas por aqueles que compõem o nosso entorno, todavia, há necessidade de um equilíbrio. Se você realizar somente suas próprias vontades, acabará machucando alguém. Se esquecer totalmente daquilo que brilha para você, certamente irá adoecer. É no equilíbrio entre o que se deseja e o entendimento do desejo do outro que repousa a manutenção de nossa saúde mental.

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