
Por Marcos Staskoviak – A maioria dos bons filmes se bastam. São obras escritas e realizadas para contar algo em duas horas e ponto. Acabou. Não precisam e não devem ter continuação. Coringa: Delírio a Dois está aí para não me deixar mentir.
Por isso, quando soube que Gladiador teria uma continuação pensei: Para quê? Ninguém pediu. E a crise de criatividade de Hollywood está criando um volume nunca visto de continuações, reboots e prequels que já me cansei de ver a mesma coisa, só com uma “roupa” diferente.
Até acredito que a criatividade exista, mas não tenha financiamento. Preferem relançar O Rei Leão exatamente igual à animação 2D dos anos 90, só que em CGI 3D. Felizmente existem algumas exceções e Gladiador 2 fica perto de ser uma delas.
Fiquei feliz em ver que minha primeira reação estava errada. Essa continuação é boa. Pode não estar no nível de Blade Runner 2049 e Alien – O Resgate, mas se defende muito bem e vale o ingresso. Ridley Scott conseguiu fazer um bom filme a partir de seu clássico de 2000.
A despeito de algumas licenças poéticas e outras tantas ajudas da “Fada da Conveniência”, como diria o Primeira Fila, a história ficou bem escrita e convence, tem muita ação e emoção. Lembre que como o primeiro filme esse também não é um documentário. É uma ficção baseada em alguns fatos históricos.
Russell Crowe e Joaquim Phoenix não são igualados, mas Denzel Washington e Paul Mescal carregam bem o piano. E a Connie Nielsen não envelhece? Me incomodou um pouco no final não ter certeza se torcia pelo herói ou pelo vilão, que teve ares de Thanos já que dava para entender sua motivação. Talvez a intenção fosse essa, ou eu me enganei novamente.
***
A reforma do Cinemax pode não estar finalizada, mas já mostra um local mais aberto, moderno e prático. Parabéns.