Vacina, saúde e emprego
Por Guto Silva
O Paraná já passou de 1,5 milhão de vacinados. Existe um caminho ainda a percorrer, mas esse número é um alento. Dependemos de fornecimento de vacinas do Ministério da Saúde, mas temos confiança que o ritmo de vacinação vai aumentar. Tanto que abrimos os postos de imunização para atender os paranaenses de domingo a domingo e até meia-noite, o Corujão da Vacinação. É com alívio, orgulho e esperança que relato isso, afinal, desde o início do ano passado, o mundo vive um período de incertezas, preocupações e tristezas. São mais de 20 mil mortes por Covid no Paraná.
São 20 mil pessoas, vinte mil famílias que passaram pela maior dificuldade que a pandemia trouxe. A perda de alguém querido. Lamento profundamente e manifesto meu sentimento de solidariedade a essas famílias. Temos um compromisso com elas. De trabalhar de forma incansável para evitar mais vítimas e continuar oferecendo um tratamento com qualidade, rapidez e eficácia para quem ainda contrai a doença. Mas tenho confiança e esperança de que esse cenário mais sombrio ficou para trás. Tenho também certeza de que fizemos o melhor com o que tínhamos à mão em meio a uma pandemia que surpreendeu o mundo pelo desconhecimento inicial do novo coronavírus. Na área de Saúde, tivemos que nos adaptar à medida que a doença ia avançando e os cientistas conseguiam oferecer subsídios para o combate a ela.
Meu sincero reconhecimento e orgulho de cada um dos profissionais de Saúde nos 399 municípios do Paraná, que foram para essa verdadeira guerra com coragem, solidariedade e competência. Passamos de 900 mil casos de Covid no Paraná, o que significa que tivemos mais de 880 mil recuperados da doença. Esse número positivo deve ser sempre lembrado e creditado em grande parte às ações do nosso pessoal da Saúde. A pandemia ainda não acabou, mas enquanto a luta continua temos que retomar a normalidade aos poucos, recuperar a economia, superar as dificuldades e fazer o Paraná crescer, gerar empregos e promover o desenvolvimento social.
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A prejuízo da pandemia à economia mundial era inevitável, pois a única forma de prevenção realmente concreta que a ciência indicava era o isolamento social, com a interrupção de diversas atividades e negócios. Por isso o governador Carlos Massa Ratinho Jr. determinou prioridade no combate à pandemia, mas também no apoio às milhares de pessoas que sofreriam com o reflexo econômico dela. Assim, o Paraná focou esforços e recursos na saúde, na área social e em ações e projetos que permitissem ao Estado se recuperar mais rapidamente da crise sanitária e econômica.
Esta semana mesmo o governador lançou um novo pacote social de auxílio a população mais vulnerável. São R$ 109 milhões divididos em seis ações como forma de amenizar o impacto da pandemia no dia a dia dos cidadãos. A maior parte dos recursos, no valor de R$ 62 milhões, será destinada para a proteção de crianças e adolescentes em situação de risco. O montante é oriundo de um edital do Fundo para Infância e Adolescência (FIA) e vai contemplar programas e projetos para o contraturno escolar desenvolvidos pela sociedade civil organizada. É o maior aporte do FIA em três décadas. Em 2020, o Governo do Estado distribuiu quase 40 mil toneladas de alimentos, um investimento de R$ 188 milhões, bem acima de 2019, quando foram servidas 23 mil toneladas em merendas nas escolas. Já o Comida Boa aportou R$ 113 milhões diretamente na economia das cidades. Um auxílio direto para 800 mil pessoas.
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Recentemente lançamos ações pontuais para auxiliar diretamente setores mais afetados pela pandemia, como eventos, turismo, restaurantes, transporte escolar entre outros. As microempresas e os microempreendedores individuais (MEIs) de oito segmentos receberão auxílio financeiro emergencial do Governo do Estado, que está fazendo um investimento de R$ 60 milhões nesse programa. O Governo também prorrogou validade de certidões, congelou parcelas de financiamento da Fomento Paraná e prorrogou o prazo de pagamento da parcela estadual do ICMS devido por estabelecimentos optantes do Simples Nacional.
Assim os pequenos empresários ganham folga nas contas. Já a produção industrial do Paraná, apesar de um pequeno recuo em fevereiro, teve crescimento de maio do ano passado até janeiro último, mostrando sinais sólidos de recuperação, mesmo com a pandemia. Para finalizar, temos que destacar o otimismo e a competência do empreendedor paranaense, que proporcionou mais um recorde na geração de empregos formais em 2021.
A abertura de 41.616 postos de trabalho em fevereiro significou o melhor desempenho para este mês durante a série histórica do Estado, que começou a ser calculada em 1996. Com esse resultado, mais os 24.342 novos postos de trabalho de janeiro, o Paraná é o terceiro Estado que mais gerou empregos em 2021, atrás somente de São Paulo e Minas Gerais.
Guto Silva é chefe da Casa Civil do Governo do Paraná