24.4 C
Francisco Beltrão
quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

Tempos sombrios

Na semana passada foi cassado o vereador de Curitiba Renato Freitas, do PT. Era esperado que isso acontecesse. Esse placar já tinha sido selado há uns meses, mas uma manobra jurídica acabou anulando a sessão e tal. Tudo bem. Ademais, até o ex-presidente Lula havia puxado a orelha do atrapalhado vereador e sugerido que ele se desculpasse. Eu mesmo escrevi sobre esse episódio meses atrás. Vamos lá. O que enche o saco nesse tipo de coisa é o fato do vereador ser negro e então ganha força essa narrativa de que a cassação não foi pela estupidez liderada por ele, quando invadiu uma igreja e fez seu discurso fora de contexto. Não. A narrativa quer que aceitemos a tese de que tudo é uma grande conspiração dos brancos contra o coitado do negro.
*
Até quando viveremos sob o jugo dessa visão vitimista e covarde perpetrada pelos porta-vozes da esquerda identitária? Fosse, por exemplo, o senhor Renato Freitas um vereador negro bolsonarista que tivesse invadido uma redação de jornal — ou invadido um escritório de advocacia, ou uma reunião cooperativa de agricultura, ou um posto de saúde, uma academia, uma escola… — e tumultuasse o ambiente, com discurso de quinta série, ninguém estaria dando vazão a enredo nenhum. Seria cassado por falta de decoro e ponto final. Ele seria apenas um “negro alienado”, um negro que não sabe o “lado certo” da história…
*
Assim, subjacente a isso, ao negro de esquerda tudo passa a ser permitido, porque qualquer crítica seria uma forma de racismo. Isso é simplesmente ridículo. As pessoas públicas, os políticos enfim, devem ser questionados por sua postura pessoal e política independentemente de ser, ou de não ser, um bibelô do esquerdismo. Mas o fato é que vivemos esses tempos sombrios, o tal politicamente correto é a praga desse inferno contemporâneo.

OBS – Fiquei sabendo de um manifesto de pais de alunos de Francisco Beltrão, preocupados com a educação de seus filhos, porque perceberam que militantes políticos infiltrados num colégio despejam sua agenda doutrinária em sala de aula, corrompendo a mente dos jovenzinhos. Na introdução, está dito, com firmeza: “O presente abaixo-assinado tem como objetivo declarar repúdio aos atos de doutrinação política, ideologia de gênero e aplicação de linguagem neutra que vêm ocorrendo de maneira contínua e recorrente por parte de professores e colaboradores (…). Os fatos, que já são de conhecimento da direção do colégio, pais e da sociedade, estão causando grande revolta e desaprovação por parte de pais e alunos, porque impõem pressão psicológica aos discentes e provocam dissidência entre seus pares e têm gerado conflitos familiares, à medida que colocam os filhos se contrapondo aos valores pregados e vividos pelos seus pais. Frisamos que isso tem ocorrido preponderantemente na fase da adolescência, mas também existente desde as séries iniciais da educação infantil”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques