Depois de tantas semanas debatendo sobre tática, técnica, entrosamento etc., hoje decidi falar sobre uma questão que transcende as quatro linhas, mas movimenta toda a engrenagem do esporte: dinheiro. Na verdade, o dinheiro movimenta tudo em todo mundo, e no esporte não seria diferente. Sempre que jogadores da base são entrevistados, logo eles explicam que estão tentando essa vida para poder dar condições à família.
Notório que o dinheiro deslumbra a todos, e se trata de uma profissão que paga muito bem, e talvez, seja a de mais fácil acesso para todos. Nem todos têm acesso à educação e oportunidade de estudar Medicina ou Engenharia, mas quase todos têm acesso a uma bola para jogar na rua ou na escola. Um caminho lógico. Mas essas escolhas não me incomodam. Nem o fato de um jogador ganhar 50 ou 100 mil reais por mês. Mas confesso que me chateia ver jogadores com salários milionários.
Dudu, Gabigol, Hulk, Everton Ribeiro, Bruno Henrique, entre outros no futebol nacional recebem mais de 1 milhão por mês. São jogadores de altíssimo rendimento, mas é justo receber tanto? São mais de mil salários-mínimos. Ou seja, quem recebe seu salário-mínimo precisa trabalhar mais de 80 anos para receber o mesmo valor que Bruno Henrique, do Flamengo, recebe num mês.
Os valores são muito mais exorbitantes quando partimos para a Europa ou para as Arábias. O Francês Mbappé, ao renovar seu contrato com o PSG irá receber mais de R$ 500 milhões por ano. Equivalente a um pouco mais de R$ 40 milhões por mês. Se você ainda não compreendeu o tamanho dessa bolada, vou explicar mais detalhadamente. O colega de Neymar receberá mais de R$ 50 mil por hora. Seja dormindo ou jogando.
Não estou aqui tentando implantar o socialismo entre os atletas mundiais, tampouco debater sobre a fome mundial e a desigualdade social, mas eu queria refletir. Até que ponto é justo alguém ganhar tanto dinheiro?