Desde os primórdios do futebol profissional no Brasil, a Europa sempre foi o auge da carreira do jogador. Primeiro pela questão financeira, amplamente mais vantajosa que a brasileira, e pelo prestígio, por ter se destacado a ponto de chamar a atenção do velho continente. Bom, isso não é novidade para ninguém.
Também não é novidade que o brasileiro, ou sul-americano, tem o Europeu como régua, para mirar objetivos e alcançar o sucesso que, de certo modo, não é errado, pois, em termos de organização e estrutura, eles estão à frente, mas para pormos em igualdade, deveríamos debater questões financeiras etc. e não é bem este o intuito desta coluna. A reflexão que quero trazer é que todo jogador que está na Europa é tratado com ampla superioridade, em relação aos que estão no Brasil, e não é assim.
Por exemplo, jogadores de sucesso lá, voltaram e não foram tudo aquilo que se esperava, pois todo mundo imaginava que Taison, Willian e Douglas Costa iriam resolver toda parada aqui no Brasil, pois todos estavam há anos disputando a Champions League (e até Copa do Mundo) mas nenhum dos três citados corresponderam às expectativas criadas.Por outro lado, cada vez é mais difícil e raro ver um brasileiro ganhando dos europeus, seja em mundial ou amistoso.
E quando isso acontece as comemorações são intensas. Mas se o nível de atletas não é tão distante, por que há uma “hegemonia” dos clubes de lá? Não há uma resposta clara e certeira, porém sabemos que as estruturas oferecidas lá dão mais condições de trabalho, e também pelo alto valor de investimentos, os times são mais homogêneos, tendo titulares e reservas do mesmo nível.
Acredito que a qualidade, a alegria de jogar futebol ainda é sul-americana, e isso não muda, o que muda é o suporte dado aos atletas, para poder dar o seu máximo em campo, elevando o nível das competições.