Ah, o nosso futebol. Nosso magnífico e imprevisível futebol.
Imaginem a seguinte situação: seu time está na semifinal da maior competição de clubes do mundo, porém perdeu a primeira partida por um gol de diferença. No jogo da volta já são 44 do segundo tempo e novamente seu time vai perdendo. É motivo para desacreditar, né? Talvez sim, mas a virada do Real Madrid para cima do Manchester City foi justamente nestes moldes. Gol aos 45 e 46 do segundo tempo, forçando a prorrogação, nela vencendo novamente e garantindo-se na final da Champions.
O Real é o maior time do mundo, de tradição gigantesca. Mereceu e muito a vaga na finalíssima, a 17ª da sua história, e busca seu 14º caneco. Números absurdos. Não queria falar somente da classificação do Real, mas também da desclassificação do City. Muitos dizem, que não é time de Champions, pois não tem tradição. E quem fala isso, até o presente momento, está certo. É uma verdade completamente irrefutável.
O time sempre amarela na “hora H”. Pep Guardiola foi contratado em 2016 para conquistar esse título e transformar a equipe de Manchester uma das grandes da Europa, mas até agora não faz nem cócegas no rival local, Manchester United.
Um fato é claro, Pep Guardiola foi revolucionário e é um dos maiores e melhores treinadores em atividade. Indiscutível. Mas por onde passou nunca precisou se preocupar com dinheiro para contratações. Dinheiro sobrando para contratar Deus e o mundo. Porém às vezes só o dinheiro não basta para a química do futebol acontecer.
Uma das coisas inexplicáveis de Pep é o amor inabalável pelos brasileiros Fernandinho e Gabriel Jesus. O primeiro é aquele volante que ajudou a entregar duas copas do mundo e estava presente no 7 a 1, em 2014. Já Gabriel Jesus é a eterna promessa, tem média inferior a 10 gols por ano, desde que chegou na terra da Rainha. Guardiola até pode ganhar o terceiro título de Champions League, mas para isso ele terá que sair do menor de Manchester.