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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

”A Galinha Ruiva” ensina: quem não trabalha, não come

Atividade faz parte de um trabalho interdisciplinar na Escola Sagrado Coração.

 

Quem não ajuda a plantar o milho, não come bolo. Alunos da educação infantil da Escola Sagrado Coração assistem à fábula “A Galinha Ruiva”, numa das atividades do projeto de leitura da professora Sônia Thomazoni Kupkowski. 
Fotos: Leandra Francischett/JdeB

 

A fábula infantil “A Galinha Ruiva” mostra que é preciso participar do plantio e da colheita para desfrutar do bolo. “A Galinha Ruiva foi colher milho e pediu ajuda para a vaca, para o porco, para o cachorro e ninguém quis ajudar, então ela teve que fazer tudo sozinha, com os seus pintinhos”, conta José de Almeida, 4 anos, aluno da Escola Nossa Senhora do Sagrado Coração. 
No final, somente a galinha e seus filhotes comeram bolo. “O sentido da história é que tem que ajudar a mãe a juntar brinquedos do chão”, explica Davi Victor de Oliveira, 4 anos, numa interpretação da fábula.
Esta atividade faz parte de um projeto de leitura desenvolvido pela professora de literatura Sônia Thomazoni Kupkowski, em parceria com as professoras regentes, principalmente do 1º e 2º anos. Na biblioteca, Sônia conta a história para eles imaginarem as situações. Em seguida, as crianças ouvem o disco do mesmo conto e, por fim, assistem ao vídeo, que é a etapa preferida. Eles ficam ansiosos para assistir, tanto que é a última atividade, para que a professora consiga manter a atenção da turma. 
Na sequência, os alunos retornam para a sala de aula, para que a professora regente aborde o conteúdo programado a partir deste conto. “Eles chegam na sala contando a história, o que demonstra que gravaram. Eles adoram, acabam entrando no livro”, afirma Eliane Amaral Rossa, professora do 1º ano.  
Na ocasião, Eliane aproveita para relacionar o assunto com suas disciplinas. Ela ensina matemática, ao contar o número de ovos, e contribui com o reconhecimento dos números. Em português, retoma as letras do alfabeto e auxilia na formação de palavras. “Aproveitamos aquela história para trabalhar a alfabetização, a ler e a escrever. Onde vivem os personagens do filme? Falamos também da diferença entre zona urbana e zona rural”, exemplifica Eliane. 
“Este projeto é importante pela interdisciplinaridade, porque a professora Sônia desperta o gosto pela leitura e, em seguida, o professor regente continua o trabalho em sala. De acordo com o planejamento e a criatividade, pode-se abordar vários assuntos”, destaca Ana Vacari, diretora. 
Segundo a professora Francieli Potrich Lopes, este trabalho é interessante pela capacidade de integrar as disciplinas no ensino fundamental 1, o que não é possível no ensino fundamental 2, uma vez que as matérias são isoladas. 

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As professoras Carmem Taffarel e Sônia Thomazoni Kupkowski com alunos da pré-escola, durante a apresentação do vídeo “A Galinha Ruiva”.

Borboletas no jardim

Na semana passada, as professoras solicitaram que Sônia abordasse o tema borboletas. Ela optou pelo livro “A Menina das Borboletas”, de Roberto Caldas, que não tem texto, apenas imagens. A obra trata de persistência. Uma menina, que adora borboletas, decide fazer um jardim para estar mais próxima delas. O problema é que as pessoas pouco se importavam, pisavam nas flores, que acabavam morrendo. As borboletas contribuíram para que a menina não desistisse de seu sonho de ter um jardim. Em sala, cada aluno fez seu jardim, recortando borboletas em papéis coloridos e colando no caderno. 
A cada semana, um livro diferente é abordado nas aulas de literatura. Já teve o “Misturicho”, de Renata Bueno e ilustração de Beatriz Carvalho, por exemplo, que é a mistura de bichos, como a “vacalinha”, uma vaca com rabo e cabeça de galinha, que dá gemada ao invés de ovos. Não é à toa que esta é uma das aulas mais aguardadas pela criançada. 

Sacola viajante
A aula de literatura está entre as preferidas dos alunos, graças ao esforço das professoras e ao interesse pela contação de histórias, típico das crianças. Os alunos levam a sacola viajante com vários livros para casa, sendo mais um incentivo para que os pais leiam para os filhos. 

A professora Eliane Amaral Rossa e a turma do 1º ano, após as atividades na biblioteca. Eles se preparam para colorir.

 

 

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