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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

APP-Sindicato aprova greve geral a partir do dia 18 de fevereiro

Educadores não retornarão às atividades presenciais no próximo mês.

Por Leandra Francischett

Em assembleia estadual convocada pela APP-Sindicato, dia 23, com cerca de 1.100 trabalhadores da educação, aprovou-se greve geral a partir do dia 18 de fevereiro, data prevista para iniciar as aulas. De acordo com o Sindicato, educadores são contrários ao modelo híbrido do Governo Estadual, mas o principal debate é que sem vacina não há condições sanitárias adequadas para retornar às aulas.

“O motivo da greve é o retorno das aulas presenciais. As pessoas estão achando que o vírus não é mais tão letal. É preciso voltar às aulas presenciais, mas não agora. Estamos em luta pela vida, porque são 1 milhão e 100 mil alunos na rede estadual. A exemplo de Manaus, que retornou e houve um colapso do sistema de saúde. Não há vacina e nem condições sanitárias suficientes para retornar”, defende Eliane Figura, funcionária do Colégio Estadual de Dois Vizinhos e presidente regional da APP Sindicato do Núcleo Sindical de Francisco Beltrão.

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Esta decisão conta com aliados, mas também teve uma repercussão negativa por uma parcela da sociedade. “Já tínhamos consciência de que seria complicado, mas estamos em luta pela vida. Por mais que venham as críticas, temos a responsabilidade de alertar sobre os riscos. É preocupante até para o ensino-aprendizagem, por medo do contágio”, diz Eliane.

Outra luta da categoria é quanto a terceirização de funcionários. “Dependemos que o contrato seja prorrogado até dezembro e não siga somente até fevereiro, porque esses funcionários já estão acompanhando este processo dentro das escolas.” Além disso, questiona-se o resultado do Processo Seletivo Simplificado (PSS), uma vez que, conforme o edital, a divulgação deve acontecer dia 19 de fevereiro, sendo que as aulas iniciariam dia 18. “Pedimos a revogação da prova e que o governo agilize a contratação, porque as aulas estão previstas pra iniciar dia 18.”

Outro fator é a resolução de distribuição de aulas, que é feita anualmente, em geral no ano anterior, mas os professores ainda não tiveram acesso a esta resolução. Mais uma pauta é a alteração da matriz curricular, reduzindo pela metade a carga horária das disciplinas de Filosofia, Sociologia e Artes.

Há ainda a suspensão da reposição salarial do acordo da greve de 2015. “É um debate difícil de fazer com a comunidade escolar. É preciso entender que o horário de trabalho dos professores foram alterados e a jornada triplicou com as aulas on-line”, destaca Eliane.

A reportagem solicitou um posicionamento da Secretaria Estadual de Educação (Seed), mas não teve retorno até o fechamento desta edição. Na edição de amanhã, quarta-feira, o JdeB apresenta a opinião de pais e professores.

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