Educação
Com 42 votos favoráveis e sete contrários, os deputados estaduais aprovaram em primeiro turno, na sessão plenária de ontem, na Assembleia Legislativa do Paraná, o Projeto de Lei 1/2021, do Poder Executivo, que promove alterações no programa dos colégios cívico-militares.
A análise da proposta ocorre mediante uma convocação de sessão legislativa extraordinária, que interrompeu o recesso legislativo. A retomada das atividades acontece de acordo com o sistema de deliberação misto, aprovado no fim do ano passado, em que até 27 deputados podem participar da sessão no plenário da Assembleia e os demais através do sistema remoto.
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O líder da Oposição, deputado Professor Lemos (PT), voltou a criticar a proposta, que, segundo ele, diminui a opção para o ensino noturno e de jovens e adultos perto da residência, o que pode aumentar a evasão escolar, além do fim da eleição para diretores nesses colégios. “Os municípios que têm uma única escola com ensino noturno, se ela for transformada em cívico-militar, acaba com o ensino noturno. E os trabalhadores que precisam estudar à noite? E se essa escola também atende ao EJA? Também acaba”, relatou.
“Isso não vai melhorar a qualidade da educação, inclusive vai proibir a eleição de diretores pela comunidade escolar e o ensino em tempo integral. O Governo tinha que investir em escolas em tempo integral, ampliar o currículo, mas faz o contrário, está empobrecendo o currículo de todas as escolas”, completou.
Já o líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), defendeu o projeto e citou que o programa vai abranger menos de 10% dos colégios do Estado e que quase dois mil colégios continuarão com o sistema convencional de administração e ensino.