Alunos continuam com o ensino a distância.
A Secretaria de Estado de Educação e do Esporte do Paraná (Seed) já elaborou um novo calendário do ano letivo de 2020, com alterações por causa da pandemia de Covid-19. Conforme matéria da Gazeta do Povo, do dia 29 de abril, as mudanças são pequenas. Apesar da suspensão de aulas no fim de março, ainda está prevista uma semana de recesso em julho e aulas até 18 de dezembro, conforme a Resolução 1.249/2020, publicada em Diário Oficial do dia 27 de abril. Ainda não está previsto nenhum teste para nivelamento de alunos no retorno das aulas presenciais, medida já anunciada em outros Estados.
A partir de 6 de abril começou a ser contabilizada a educação a distância. “Serão considerados como dias letivos. É algo novo, nem todos têm acesso às ferramentas necessárias, mas agora está fluindo relativamente bem. Destacamos a importância da participação dos alunos, porque além do conhecimento do conteúdo e do aprendizado, está sendo computada a presença”, destaca Lurdinha Bertani, chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão.
Calendário e Conselho de Educação
Lurdinha acrescenta que “o Conselho Nacional e o Conselho Estadual de Educação são fundamentais para que o processo neste formato seja efetivado com segurança e garantia de direitos, por isso sempre pode haver ajustes orientados pelos conselhos, inclusive no caso do calendário escolar”.
O conteúdo está sendo repassado via aplicativos, como Classroom e Aula Paraná; no YouTube e transmissão pela RIC TV. “O Classroom é uma das melhores formas, porque é uma sala de aula virtual, sem custo para o aluno e que o professor pode interagir. Na TV, o aluno é mais ouvinte, mas nem todos têm acesso ao sinal da RIC TV. Também precisamos valorizar os profissionais da educação, visto que são atividades remotas não presenciais e sem os professores o processo não acontece.” Pra quem tem dificuldades de acesso, o material está sendo impresso nas próprias escolas.
Alguns pais entendem que o ensino a distância traz mais facilidade aos alunos do ensino médio, por terem mais autonomia em relação aos alunos do ensino fundamental. Além disso, alguns pais questionam o entrosamento entre os próprios professores, diante da quantidade de trabalhos repassados em algumas turmas. “Não precisa ser um excesso de atividades, pra que não haja tanto estresse do aluno, do professor e dos pais. As questões aos poucos serão selecionadas pelos professores para atender a especificidade de cada escola e com isso haverá uma redução das mesmas”, ressalta Lurdinha.
