Educação

Ontem à noite, o coordenador Emyr Stringhini Junior e a professora Gisele Reisdoerfer
realizaram uma live sobre o tema Covid-19 e a cavidade oral.
“Independentemente das limitações que o período de enfrentamento ao coronavírus ocasionou, as instituições de ensino superior não devem estar focadas apenas em dar continuidade às aulas”, afirma o professor Emyr Stringhini Júnior, coordenador do curso de Odontologia da Unisep, campus de Francisco Beltrão. “Mais do que nunca temos o dever de transferir conhecimento para a comunidade.”
Criatividade e novas possibilidades
O coordenador avalia que apesar das dificuldades, ou por causa delas, o seu curso está vivendo um novo e intenso momento. “Com criatividade, estamos conseguindo proporcionar experiências diferenciadas aos acadêmicos e levar informações relevantes para a comunidade.”
Ele diz que a migração momentânea para o formato de aulas a distância e a adoção de transmissões ao vivo, trouxe novas possibilidades de interação e resultados positivos, que devem motivar a continuidade das práticas mesmo após a retomada das aulas presenciais.
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Lives e convidados ilustres
Entre as estratégias que têm proporcionado bons resultados estão as lives nas redes sociais, que contam com a participação de professores da casa e até de outras instituições. A primeira experiência neste sentido foi com a professora e psicóloga Jaqueline Tubim Fieira, que falou sobre a angústia provocada pelo isolamento social. “A repercussão foi muito boa e nos motivou a dar continuidade ao formato”, relata o professor Emyr.
A partir da estreia, surgiu a ideia de convocar profissionais de outras instituições para enriquecer o debate e a troca de experiências pelos canais digitais. Bom exemplo foi a participação do dr. Marcelo Bonecker, professor titular e chefe do Departamento de Ortodontia e Pediatria da USP/SP. “Foi uma grande satisfação, pois para os nossos acadêmicos assistirem aulas com ele, a única possibilidade é em congressos”, resume o coordenador.
Faculdade precisa gerar efeito duradouro
O professor Emyr avalia que, embora possam adotar medidas pontuais de caráter assistencialista, as universidades não podem deixar de lado a sua verdadeira obrigação, que inclui ensino, pesquisa e extensão. “Nós temos um foco que é a comunidade e buscamos ações de efeito duradouro para beneficiá-la. É por isso que estamos trabalhando em parceria com outros cursos e instituições”, frisa.
Ele cita atividade que, nesta semana, reuniu três cursos da Unisep FB — Farmácia, Fisioterapia e Odontologia — e um grupo de pesquisa da UEM (Universidade Estadual de Maringá) para discutir medicamentos utilizados no tratamento da Covid-19. “Existe essa questão sobre usar ou não usar cloroquina; resolvemos trazer a experiência deste grupo da UEM, que nos pareceu muito capacitado a contribuir neste debate que é de interesse global.”
Em outra live desta semana o tema foi ‘Covid-19 e a cavidade oral’. A transmissão foi aberta a todos os profissionais de Odontologia da 7ª e 8ª região de saúde do Paraná. “Pela sua função, o odontólogo é um dos profissionais de saúde mais suscetíveis à contaminação por coronavírus. É muito importante promover conhecimento sobre as maneiras para garantir a segurança dos profissionais e seus pacientes”, pontua o professor Emyr.
Não é entretenimento, é atividade de extensão
O coordenador de Odonto frisa que, apesar do clima descontraído, as transmissões ao vivo não são feitas para o entretenimento dos acadêmicos. “Estamos promovendo ações para beneficiar a sociedade. Nesse momento a extensão se dá de forma digital, é o canal disponível para nos aproximarmos da comunidade”.
Algumas das transmissões promovidas pelo curso são abertas a toda a população. Outras, mais técnicas, direcionadas a profissionais de saúde. “Estamos buscando temas diversos, que possam auxiliar neste momento delicado. Trouxemos desde informação técnica da área odontológica a dicas sobre práticas simples para melhorar a qualidade de vida no dia a dia”, finaliza.