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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Crianças contentes e apreensivas no retorno às aulas

Isabela Spessatto, 6 anos, até levou uma rosa para professora.

Professora Guienola Meggiolaro afere a pressão na Escola Maria Basso Delani.

Ansiedade. Esta foi uma das palavras mais ouvidas na entrada das escolas da rede municipal de Francisco Beltrão, ontem, no retorno às aulas. Waleska Zamprogna, por exemplo, comenta que o filho Augusto, 8 anos, até ficou doentinho na última semana. “Este retorno é importante para eles, depois de 12 meses sem aulas. Eles entendem que há um problema de saúde, mas não entendem porque tanto tempo sem aulas.”

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Waleska diz se sentir segura, pois estão sendo adotados todos os protocolos sanitários indicados, como uso obrigatório de máscara, de álcool em gel, aferição de temperatura e distanciamento social, inclusive entre as carteiras. “Não significa que não há perigo, mas a volta às aulas é necessária”, diz. Milena, sua filha mais velha, de 13 anos, aguarda o retorno na rede estadual de ensino. Benício Sari Possatto, 7 anos, também estava ansioso.

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“Toda noite ele pede para São José pra que o coronavírus passe logo e que ninguém da família pegue”, conta sua mãe Edinara. Ela acrescenta: “Eu acho excelente o retorno, porque eles estavam precisando. É importante para saúde deles e dos pais. A gente entende o que se está vivendo, mas com os cuidados tomados ficamos seguros.” Danieli Reolon ressalta que a filha Isabeli, 7 anos, estava preocupada e apreensiva, porque ficou muito tempo sem sair de casa, mas estava contente. Sua coleguinha de sala Maria Clara Leinds de Mello também estava feliz. 

Isabela Spessatto, 6 anos, e sua rosa para professora.

Isabela Spessatto, 6 anos, até levou uma rosa para professora, como costumava fazer antes da pandemia. 

Misto de sentimentos 
A psicopedagoga Mayara Pereira destaca que, neste momento, com a possibilidade de retornar às atividades já conhecidas, mas com uma nova realidade, promove-se um misto de sentimentos. “Sentimentos felizes, por retornarmos a questões tão importantes para uma vida em sociedade como um todo, mas o medo e a insegurança de algo que ainda está tomando forma e se estende para além da sala de aula e dos muros das escolas.”

Uma tentativa
Cada escola organizou-se de acordo com a sua estrutura física, para evitar aglomeração. Na Escola Maria Basso Delani, houve duas filas, uma pela entrada principal e outra pela secretaria. Os estudantes do ensino infantil entraram cerca de 15 minutos depois do ensino fundamental. A diretora Sirlene Seimboski dos Santos, considera fundamental o retorno neste momento. “A gente tem preocupação, mas é importante, porque as crianças estão ansiosas e também pela aprendizagem. É uma tentativa”, conclui. Além disso, as escolas seguem as orientações das secretarias municipais de Saúde e Educação. 

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