Atividade desperta o interesse pela Geografia, disciplina que está presente em tudo.

Ampliando o olhar geográfico. Cerca de 80 estudantes dos 3os. anos da Escola Municipal Professor Pedro Algeri desenvolveram um museu sobre Francisco Beltrão. Esta atividade faz parte da tese do doutorado em Geografia de Andreia Zuchelli Cucchi, com orientação da professora dra. Mafalda Nesi Francischett, pela Unioeste de Francisco Beltrão.
O museu foi desenvolvido com a colaboração dos professores regentes dos 3os. anos: Ana Paula Fachinello, Joice Maria Bariviera e Luciano Bueno Rodrigues de Lara. Na semana passada, aconteceu a exposição do material que foi confeccionado desde o retorno das aulas, no mês de junho, por conta da pandemia. “A escola abriu a visitação para os 4os e 5os anos, que não faziam parte da pesquisa, mas pelo fato de estar chamando bastante atenção”, comenta Andreia.
Ela explica que a proposta da atividade de pesquisa era construir um museu educativo na própria estrutura física da escola, com objetivo de trabalhar os conteúdos sobre o lugar, com enfoque para Francisco Beltrão.
Trabalhou-se a representação de Francisco Beltrão com o uso dos mapas, além de outros subtítulos. “Também trabalhamos o que eles compreendem sobre o lugar, sendo que as crianças também pesquisaram, tanto que tem uma exposição com as falas dos estudantes. Estudamos as aproximações e as diferenças entre o rural e o urbano e também trabalhamos a questão dos impactos ambientais dos sujeitos no meio que eles ocupam”, acrescenta Andreia.
Ela destaca que o objetivo é avaliar a possibilidade de construir os conhecimentos com os estudantes, partindo do que eles aprendem enquanto significado desses conteúdos, porque quando eles estudam o lugar, seja por meio das imagens que eles trouxeram, por meio dos objetos, seja por meio da construção dos painéis com temas correlatos ao estudo do lugar, isso acaba tendo um significado maior.
O interessante da atividade é a participação dos estudantes na construção desses conhecimentos, porque eles se sentem valorizados, uma vez que foram atrás das fotos, das imagens e dos objetos. “Teve ainda a participação das famílias dos estudantes, principalmente com relação à história com o sentido que cada objeto tem e na concretude do museu, com todas as atividades que foram realizadas. Impressionante é o olhar deles sobre a Geografia, ciência que está presente em tudo.”
Para Sandra Benedito, diretora da Escola Municipal Professor Pedro Algeri, é muito proveitoso quando ocorre a articulação entre conhecimento, teoria e prática devem ser indissociáveis no processo de ensino aprendizagem. “A construção de um museu educativo, embora pequeno, resgata toda transformação ocorrida no espaço, com suas mudanças e impacto nos dias atuais, o que valoriza todo o esforço feito no passado e seu impacto na vida presente e futura.” Sandra ressalta que o museu não contribui apenas com as aulas mais dinâmicas e significativas de Geografia, mas em todas as disciplinas, para dar significados aos cálculos, à história, à ciência, à tecnologia, à escrita e à produção de lindas histórias contadas pelas famílias.
