O cinema nacional é conteúdo obrigatório nas escolas de ensino básico. Por no mínimo, duas horas mensais, os alunos têm de assistir a exibições de filmes e audiovisuais de produção nacional. A medida foi publicada no Diário Oficial da União no mês de junho, dia 27. Segundo as informações, a norma altera o artigo 26 da Lei 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Sendo assim, a exibição de filmes nacionais constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola.
O autor do projeto (PLS 185/2008), senador Cristovam Buarque (PDT-DF), argumentou que a arte deve ser parte fundamental do processo educacional e que a criança que não tem acesso a manifestações artísticas usualmente se transforma em um adulto desinteressado por cultura. O senador defende ainda a ideia de que o cinema é a arte mais fácil para ser levada às escolas e acredita que esses alunos poderão adquirir o hábito de frequentar as salas de cinema.
“A única forma de dar liberdade à indústria cinematográfica é criar uma massa de cinéfilos que invadam nossos cinemas, dando uma economia de escala à manutenção da indústria cinematográfica. Isso só acontecerá quando conseguirmos criar uma geração com gosto pelo cinema, e o único caminho é a escola”, disse Buarque no dia 5 de junho, quando a proposta foi aprovada pelo Senado e enviada para sanção da presidente.
Apesar da lei não ser tão nova, o assunto parece ser novidade para alguns pais, alunos e até professores. Com quem o Jornal de Beltrão conversou, de forma informal, a resposta frente à lei foi positiva, especialmente no que diz respeito a incentivar o gosto pela cultural, e mais, aproximar os jovens do cinema nacional. (*Com informações do Portal Brasil e da Agência Senado)
