Educação

Nilton (engenheiro) e Kellyn Regina dos Santos Rodrigues (formada em Enfermagem) têm duas filhas, a Isabella, de 5 anos, e a Paola, de 1 ano e 8 meses. No ano passado, elas ficaram em casa, com aulas remotas. Neste ano, o casal optou por tirá-las do ensino público (porque iria continuar somente com aulas remotas) e matriculá-las no ensino privado (que tem aulas presenciais).
[relacionadas]
O motivo foi um problema que notaram na filha mais velha. Fobia por entrar no carro, desobediência, roer as unhas até do pé. Tiveram que procurar atendimento psicológico e notaram que esse atendimento também está difícil, porque tem muitas crianças sofrendo pela falta do ambiente escolar a que estavam acostumadas. “É difícil conseguir uma hora de psicóloga infantil, estão todas sobrecarregadas”, relata Kellyn.
Após três semanas na escola (Nova Geração), os pais perceberam que melhorou “consideravelmente” o emocional das meninas. “Agora tem rotinas, está na hora de tomar banho pra ir pra aula, agora tem que almoçar pra ir pra aula.”
Na hora de pegar as filhas na escola, a mãe lhes faz perguntas: “Você abraçou seu coleguinha? Usou a máscara? Foi na carteira do coleguinha?” E a resposta: “Mãe, não pode!” Conclusão da mãe: “Elas observam melhor do que nós. É surpreendente a disciplina que as crianças têm”.
“As escolas são seguras, sim – conclui Kellyn. Afirmam que não há estrutura, é por isso que deve ser implantado o sistema híbrido e cada família fazer valer sua vontade e bom senso. Sabemos que existe risco, o mesmo que nós corremos para ir trabalhar, mas nós não nos arrependemos de ter feito essa escolha.”