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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Maioria das escolas da rede estadual continua paralisada na região e no Paraná

Movimento do magistério quer, agora, a correção da inflação, de 8,17% nos salários.

 

Escolas estaduais continuam fechadas sem previsão de retorno às aulas 

 

 A greve dos professores da rede estadual de ensino está se aproximando de dois meses de duração. Em todo o Paraná muitas escolas estão paralisadas total ou parcialmente. No Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos entre 20% a 30% das escolas estão funcionando parcialmente. As informações são do NRE. Nos sete municípios que integram a o Núcleo de Dois Vizinhos são 45 escolas. Conforme informações do NRE de Francisco Beltrão, que congrega 20 municípios e 94 escolas, 34 colégios estão funcionando parcialmente – ou seja, cerca de 30% -, 50 encontram-se sem aulas e 10 voltaram a ter aulas normais. 
Não estão incluídas as escolas conveniadas à Secretaria de Estado de Educação (Apaes e casas familiares rurais). A coleta de informações, pelos NREs, ocorre diariamente junto às escolas. Ontem, o chefe do NRE de Dois Vizinhos, Nivaldo Florentino, disse que há educadores nos colégios. “Nós temos bastante professores nas escolas, mas teve algumas resistências com direções”, disse. 
Nivaldo está otimista de que os professores vão retornar ao trabalho. “A previsão pra segunda-feira é bastante otimista”, comentou. De acordo com o chefe do NRE, tem municípios que as aulas “voltaram 100%”, mas ele não citou quais. 

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Segunda-feira, data-limite 
Nivaldo avalia que se as aulas recomeçarem segunda-feira, dia 25, haverá tempo de fechar os 200 dias letivos em 2015 e 800 horas-aula no ano. “Do contrário, fica pra janeiro e vai prejudicar as férias que as famílias e os pais programaram”, ressalta. Ele tem um pouco de preocupação com o transporte escolar, durante o período de reposição, “porque vai ser necessário puxar (alunos) aos sábados”. O Núcleo de Educação deverá conversar com os prefeitos e secretários de Educação para ver como será resolvida esta questão. 
A APP-Sindicato afirma que mais de 85% das escolas da rede estadual de ensino do Paraná permanecem fechadas. “Temos escolas que divulgaram uma tabela com quais turmas e horários haverão aulas. O aluno chega no portão da escola e vê se haverá aula. Se não houver ele volta pra casa. Isso não pode ser considerado como aula dada”, afirma Fabiano Severino, presidente do núcleo sindical de Foz do Iguaçu.

APP fala em adesão de 90% na região

A secretária do núcleo sindical da APP de Francisco Beltrão, Roseli Ribeiro de Jesus, afirmou que a adesão chega a 90% na região – o núcleo abrange os 27 municípios da microrregião. “O pessoal tá firme na greve”, reforçou.
Ela disse que tem casos de professores que voltaram a dar aulas, “por ameaças do governo, por medo”. Apesar disso, ela frisou que a entidade “está tentando colocar (aos professores) que a nossa luta tem causas e princípios”. A mobilização não se limita em não dar aula, mas são feitas algumas atividades. Ontem, no núcleo promoveu três palestras sobre a conjuntura política e econômica do Paraná. À noite, 40 professores iriam participar a abertura dos Jogos Escolares do Paraná, fase regional, em Nova Prata. 
Roseli reconheceu que a paralisação gera desgastes físico e mental para os professores, “mas a gente busca sempre energias pra renovar com as nossas conquistas nestes 68 anos

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