Para alguns diretores, o ideal será fazer uma consulta à comunidade sobre a prorrogação.
O mandato dos diretores das escolas da rede estadual de ensino do Paraná e diretores auxiliares será prorrogado por mais um ano. A matéria, de autoria do Executivo Estadual, foi aprovada pela Assembleia Legislativa, neste mês. Alguns diretores ouvidos pelo JdeB entendem que o ideal seria ouvir a comunidade sobre a prorrogação dos mandatos.
De acordo com o projeto do Executivo, os gestores poderão cumprir os mandatos até o dia 31 de dezembro de 2020 e não até o final de 2019. O texto, aprovado em redação final, segue para sanção governamental.
O texto foi aprovado em primeiro turno de votação durante a primeira sessão extraordinária, após receber 34 votos favoráveis e sete contrários. Já na segunda sessão extraordinária, a matéria recebeu 33 votos a favor e sete contrários. Com a dispensa de votação da redação final aprovada, a proposta seguiu para sanção, ou veto, do governador.
De acordo com o Projeto de Lei 788/2019, do Poder Executivo, os gestores poderão cumprir os mandatos até o dia 31 de dezembro de 2020 e não ao final de 2019, como era previsto. Na justificativa da matéria, o Governo do Estado explica que “o ano de 2019 configurou-se como um ano letivo atípico, ante a paralisação das aulas no período de 25 de junho a 12 de julho, em decorrência da greve do funcionalismo público”.
Edemeres Zanella, diretora do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Flor da Serra do Sul, considerou interessante a decisão, “mas não é o que está no nosso plano de carreira, não é o que está na lei. Pra nós, que temos projetos em andamento, é uma opção e uma oportunidade de terminar, dar continuidade nas escolas. Mas, assim, acredito que deveria ser feito uma consulta pública, claro que os professores têm a opção de sair, se não quiserem, não é obrigatório, podemos pedir pra sair. Mas seria interessante que fosse feita a eleição, acho que é a democracia”.
Zulmira Guzella, diretora da Escola Regente Feijó, de Presidente Kennedy, Verê, comentou que a proposta facilita para o governo. “Pra ele facilitou a questão dos diretores ficarem mais um ano. Mas pensando na questão dos demais, estava prevista a eleição e é um pouco antidemocrático, eu acredito que a eleição devia ter acontecido, mas essa é uma decisão do governo, e ele achou por bem, ele também está pensando talvez no lado melhor, pra que as coisas andem de uma forma mais adequada, enquanto ele decide o que faz”.
Silviane De Toni, diretora da Escola do Campo Nossa Senhora Aparecida, da comunidade de São Salvador, em Ampere, tem opinião a favor da proposta. “Achei positiva, porque a gente pode dar continuidade aos trabalhos”, comentou. Ela, no entanto, acrescentou que “poderia ter sido feita uma consulta se a comunidade está de acordo de a gente continuar ou não”.
De acordo com o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD), não vai haver mudança alguma nas regras da eleição. “Será tudo exatamente como está previsto na lei que criou a eleição dos diretores”, ressaltou Bakri, referindo-se à Lei 18.590/2015.
*Com informações da Assembleia Legislativa.