Aluna do Colégio Sesi de Dois Vizinhos, ela foi aprovada em duas universidades públicas e vai cursar enfermagem na Unioeste.

A prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sempre gera muitos comentários: antes de acontecer, especula-se sobre os temas que poderão ser abordados; depois, as conversas analisam as dificuldades do tema proposto. Tudo isso porque, em 2019, apenas 53 candidatos (num cenário de 4 milhões) conseguiram atingir a nota máxima, de mil pontos.
Com muito foco, Maryanna Andrade, de Salto do Lontra, conseguiu atingir a nota 980 na redação. Ela falou sobre como ter um desempenho tão bom. “Sempre amei ler, porém, no Ensino Médio, busquei me aprofundar mais na redação modelo Enem. Minha preparação não começou, como muitos pensam, apenas no 3º, mas sim, desde o primeiro ano. Outra questão é que, desde 2017, eu fiz as provas no Enem e, a cada ano que passava, conseguia obter progresso na redação. Meu foco especial era somente desenvolver o texto dissertativo argumentativo. No início de 2019, decidi me fazer algumas perguntas: por que minha nota não chega a 800? Por que sempre ganho mais pontos no desenvolvimento e perco na estrutura essencial?”, lembrou Maryanna.
“Escutar a mim mesma”
A partir da avaliação das duas primeiras participações, ela decidiu mudar o formato da escrita para 2019. “Foi aí que me dei conta que eu precisava de compreensão do implícito dentro do tema. Posterior a essa etapa de “escutar a mim mesma”, comecei a investir na redação como um todo, ser criativa em vários sentidos e com o objetivo principal de fazer com quem fosse ler minha redação concordasse com o meu ponto de vista desde a introdução”, explica.
Tema
No ano que passou, o tema proposto para a redação foi a ‘Democratização do acesso ao cinema no Brasil’.“Não imaginava mesmo esse tema. Até porque esperava algo mais polêmico. Fiquei bem feliz com o tema, pois abrange assunto cultural e estudantes de qualquer região do Brasil conseguem descrever sobre”, avaliou.
Dica para quem vai fazer a prova
Não existe segredo do sucesso: o exame exige bastante dedicação. “Não esperem só a ajuda da sua instituição de ensino, busquem o implícito e façam com que as quatro horas no colégio sejam poucas, fazendo com que precise de um tempo extra em casa. Os estudos não se limitam ao que o mediador te passa, mas sim, o que você quer saber além do essencial. A prática da leitura é imprescindível para um vocabulário bom, trazendo a consequência de uma vasta argumentação”, destacou.
Ter opinião própria também auxilia a conseguir boa nota. “Outra dica para redação é não se deixar levar pelo que seus colegas falam, faça você mesmo a sua argumentação embasada nos textos base e em um período histórico relacionado ao tema proposto, que foi como eu fiz”, completou.
Duas aprovações
Maryanna sempre sonhou cursar uma formação universitária dentro da área de saúde e conseguiu a aprovação em enfermagem na Unioeste. Além disso, a jovem foi aprovada em 1º lugar no curso de pedagogia da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS).
Acordar às 5h30
Por residir em Salto do Lontra, a estudante tinha uma rotina bastante intensa no ensino médio. “Todos os dias pegava o ônibus às 5h30 da manhã para estudar. Trabalhava de tarde, e reservava pelo menos três horas para estudar à noite. Era difícil a jornada, mas valeu a pena”, destacou a estudante. *Com informações da Assessoria.