A UTFPR foi uma das primeiras instituições a acatar orientação do Ministério.
G1-O Globo-JdeB – O Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício às universidades federais em que diz que elas não devem promover qualquer ato que resulte em aumento dos gastos com pessoal. A pasta alega que o alerta é resultado da perda de R$ 2,7 bilhões para pagamento de despesas que estavam previstos no Orçamento do Ministério. A verba foi retirada durante a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2020 no Congresso Nacional. A informação foi repercutida por vários sites e jornais.
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi uma das primeiras a tomar medidas de restrição de novas contratações. A medida deve ter impacto também no campus da UTFPR de Francisco Beltrão.
O professor Alexandre Alfaro, diretor do campus de Beltrão, reconheceu em áudio enviado ao JdeB de que há esta decisão. “Realmente, com base nessa questão que saiu agora pelo Ministério de Educação, nós estamos com uma restrição de provimento de alguns cargos, até de professores substitutos que o campus tinha, que nós não pudemos contratar novos pra substituir os que estavam encerrando o contrato.”
O diretor acrescenta que há articulações para voltar à situação anterior. As universidades necessitam de professores substitutos ou colaboradores porque sempre há educadores em licença saúde, gestação ou para realização de cursos de especialização. “Então, é realmente uma situação que a UTFPR — não só ela, mas todas as federais estão abarcadas — e a Andifes está trabalhando pra tentar reverter essa questão das contratações.” A Andifes é a associação que representa as instituições de ensino superior federais.
Curso de Agronomia
Sobre a tramitação do pedido de abertura do curso de Agronomia 4.0, voltado para as novas tecnologias, protocolado no segundo semestre de 2019 nas instâncias superiores da UTFPR, Alexandre Alfaro disse que “na questão do curso de Agronomia, isso nos causa um certo receio. Mas, como o [pedido do] curso ainda está tramitando, o que a gente espera que se resolva nos próximos meses, nas próximas semanas, é que a gente consiga efetivamente ter a liberação do curso e a contratação dos profissionais”.
Alexandre reconhece que as coisas ainda não estão muito claras e que há restrição para contratar novos professores.
