Os colégios definiram escalas de trabalho.
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Aline Karine Nunes, Daniela e Filomena, agentes educacionais no Colégio Suplicy, em Beltrão.
O trabalho das merendeiras e agentes educacionais teve mudanças com a pandemia.
A rotina das merendeiras que atuam nas escolas da rede estadual de ensino do Paraná mudou com a pandemia do novo coronavírus. Sem os estudantes, devido ao isolamento social e as aulas remotas, as mais de cinco mil profissionais responsáveis por preparar e servir quase um milhão de refeições diárias ficaram responsáveis, principalmente, em auxiliar na distribuição de alimentos para as famílias de 231 mil alunos beneficiários do Bolsa Família.
Quinzenalmente, os colégios entregam os kits de alimentação e também materiais impressos aos alunos que estão com dificuldade de acesso às aulas remotas. Muitas merendeiras ajudam na organização dos produtos dos kits e da agricultura familiar, e também na sua higienização, além de acompanhar a estocagem dos produtos adquiridos para as escolas.
No Colégio Estadual Tancredo Neves, do Bairro Pinheirinho, em Francisco Beltrão, as merendeiras e agentes educacionais nível 1 têm uma escala de trabalho. A escola, que tem mais de mil matriculados, ficou fechada por pouco tempo durante a pandemia, embora ainda não tenha aulas presenciais.
A diretora Lúcia Rocha diz que foi adotada uma escala de trabalho entre as merendeiras. Um dia elas ajudam a limpar a quadra de esportes, em outro colaboram com a limpeza das salas de aula ou as salas administrativas.
Elas também ajudam a preparar as cestas de alimentos que são distribuídas para os contemplados do Programa Bolsa Família – a entrega ocorre nas escolas estaduais. Depois auxiliam os demais funcionários na distribuição das cestas. Também trabalham na manutenção da escola.
O Colégio Estadual João Paulo 2º, no Bairro Júpiter, em Beltrão, também adotou uma escala de trabalho para as merendeiras e agentes educacionais. O estabelecimento possui 488 alunos matriculados. A informação é da diretora Katiane Ficanha. São oito agentes educacionais e duas merendeiras que passaram a ter a nova escala. Eles ajudam a fazer os kits de alimentos e a distribuição para o pessoal do Bolsa Família e na limpeza do colégio.
O Colégio Estadual Dr. Eduardo Suplicy, no Centro de Beltrão, conta com 11 agentes educacionais 1 e três merendeiras que possuem mais de 60 anos e, por integrarem o grupo de risco, estão afastadas do trabalho.
A diretora Tania Klein conta que foi feita uma escala de trabalho de limpeza do colégio entre as agentes educacionais. Elas também ajudam a fazer os kits das cestas de alimentos e entregam.
A agente educacional Aline Karine Nunes, do Colégio Suplicy, estava acostumada com a movimentação dos estudantes. “Agora, com essa nova rotina, tá bem diferente. Tem que ter cuidado redobrado”, diz Aline, que ajuda a desinfecção de ambientes e na limpeza.