Determinação do Governo do Estado é que não se oferte mais vagas para o 6º ano, a partir do ano letivo de 2020.
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Moradores dos bairros Cango e Guanabara, em Francisco Beltrão, iniciaram uma mobilização para evitar que a Escola Estadual da Cango seja desativada. Na noite de segunda-feira, dia 21, moradores, pais de alunos, diretores da Associação de Moradores, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), professores e APP-Sindicato participaram de reunião para analisar a situação e definir as estratégias na tentativa de evitar o fechamento da instituição de ensino, que ocorreria gradativamente, num prazo de três anos.
A Escola Estadual da Cango, no Bairro Cango, de Francisco Beltrão, foi fundada em 1991, conta com 130 alunos, além de professores e servidores, funciona em sistema compartilhado com a Escola Municipal Frei Deodato.
Pela determinação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), a escola não poderá ofertar vagas para o 6º ano do ensino fundamental 2 para o ano letivo de 2020, começando o processo para sua desativação. Mas a comunidade começou um movimento para evitar que a determinação da Seed seja cumprida.
O clima na comunidade escolar e entre moradores da Cango e Guanabara é de indignação. Ontem, no começo da tarde, cerca de 15 pessoas, entre representantes da escola, da Associação de Moradores, APMF, entre outros, estiveram na sede do Núcleo Regional de Educação (NRE) para entregar ofício à chefe, professora Lurdinha Bertani, manifestando a posição contrária à decisão da Seed.
Ofícios também serão enviados ao Conselho Estadual de Educação (CEE), em Curitiba, e ao Ministério Público da Comarca de Francisco Beltrão.
As lideranças da comunidade escolar e dos bairros entendem que a escola deve ser mantida, que há alunos da Cango e Guanabara que frequentam escolas de outros bairros e que poderiam vir estudar na escola.
Bairro mais antigo
Alegam que a Cango é um dos bairros mais antigos de Beltrão e a escola tem um valor histórico e cultural para as duas comunidades. Pais e educadores lamentaram que está se fechando um espaço destinado à educação num País que precisa investir mais no ensino de crianças, adolescentes e jovens.
Emerson Maciel, presidente da Associação de Moradores da Cango e Guanabara, comentou que qualquer estabelecimento de educação que seja fechado é sempre algo negativo.
“Nós vamos lutar juntamente com a comunidade para que a escola se mantenha e cada vez mais se torne referência, então nosso pensamento, ao invés de fechar, é buscar recursos e que a escola seja melhorada e que ela venha atender muito bem às crianças dos bairros”, disse.