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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Pais entendem a necessidade de aulas remotas, mas preferem aulas presenciais

Mesmo assim, consideram que não é o momento de retomar o presencial.

 Pais entendem a necessidade de aulas remotas, mas preferem aulas presenciais.

Algumas crianças estão desenvolvendo quadros de ansiedade.

Na foto, Henrique José Girotto Zatti. 

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Maria Angélica Maronezi, mãe de Ana Laura, 5 anos, e professora de Inglês, prefere as aulas presenciais, assim como vários outros pais ouvidos pela reportagem. “Uma aula remota é totalmente diferente de uma aula presencial, especialmente para as crianças, elas precisam do contato com a professora e com os colegas, muito mais do que um adulto.”

Como professora, Maria Angélica percebe que os adultos, apesar das dificuldades com a parte tecnológica, se adaptaram melhor do que as crianças. “Uma criança na frente de um computador não se concentra da maneira que deveria como numa aula presencial, por isso acaba sendo prejudicada no aprendizado. Mas eu acredito que todos os professores e escolas estão tentando da melhor forma entregar os conteúdos para que ninguém saia prejudicado. Muitos pais também estão se desdobrando para auxiliar seus filhos nesse momento.”

É o caso de Raquel Girotto, que está auxiliando o filho Henrique José Girotto Zatti, 8 anos: “As aulas on-line são necessárias, não tem outra opção agora. E os professores não têm culpa do que está acontecendo, é complicado, porque eles também não queriam estar nesta situação”. Na sua opinião, o ideal seria cancelar o ano letivo, porque há prejuízo do aprendizado. “Eu digo por mim, com o meu filho, que sempre teve notas boas e agora eu vejo que ele não está aprendendo como deveria, até porque eu não tenho o conhecimento e a destreza que a professora tem.”

Henrique Girotto Zatti, 8 anos, tem auxílio da mãe Raquel.

 

Além disso, o pequeno, que está no 4º ano, enfrenta crises de ansiedade e está em tratamento. Natielle Santos, psicóloga infantil, ressalta que a doença está tornando cada vez mais comum na infância, tem sido a maior demanda na clínica, em razão deste momento atípico. Como identificá-la nos pequenos? Alguns sintomas são cansaço, irritabilidade, dor de cabeça, de barriga, insegurança, medo e indisposição.
Segundo Natielle, as possíveis causas são: “Não ter previsão de quando isso vai acabar, ficar muito tempo em casa, as atividades se esgotaram, contato zero com outras pessoas e ao ar livre. Isso tem bagunçado a cabeça deles.” A orientação é buscar ouvir uma música calma, uma estratégia boa é brincar de massinha, fazer garrafa da calma. “A família tem que estar junto pra controlar os sintomas.”

Dificuldades
Walter Mello, pai de Alessandra, 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio, comenta que o conteúdo está sendo passado conforme os professores planejam, mas a reclamação da filha e dos colegas são problemas com o sistema adotado. “Ela acha bom, mas está tendo dificuldades com a comunicação, porque a transmissão é ruim, tem chiado e às vezes é complicado pra entender.”

Ana Laura e mãe Maria Angélica se adaptam à situação.

 

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