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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Primeiro aluno Uninter a apresentar TCC de jornalismo é de Francisco Beltrão

Educação

Bressani ladeado pela orientadora educacional de Jornalismo, Lucilene Granzotto, e a gestora do Polo Francisco Beltrão, Marly Mazzon Garcia.

Padre Valdecir Bressani, diretor do Grupo RBJ de Comunicação, foi o primeiro aluno da Uninter (Centro Universitário Internacional) a apresentar o seu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de Jornalismo em todo o Brasil.

Licenciado em Filosofia e bacharel em Teologia, com especializações em Teologia Pastoral e Metodologia do Ensino Superior, o mestre em Comunicação apresentou seu trabalho na primeira banca de Jornalismo em Educação a Distância (EAD), do Brasil, que retratou um fato histórico.

O campo de pesquisa foi o Sudoeste do Paraná e a atuação do rádio no movimento da década de 50. Um videodocumentário com aproximadamente 30 minutos acompanhado de relatório de 40 páginas embasaram a produção do resgate histórico/científico, a partir do tema “Radiojornalismo na Revolta dos Posseiros de 1957, no Sudoeste do Paraná”.

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O movimento político/social da Revolta dos Posseiros envolveu a disputa de terras entre os governos estadual, federal, companhias, colonos e posseiros no Sudoeste do Paraná. O auge dos conflitos aconteceu entre setembro e novembro de 1957, quando os colonos e posseiros, organizados, expulsaram as companhias de terras. Sem jornais impressos, o meio de comunicação utilizado foi o rádio, através das recém-criadas rádios Colmeia, de Pato Branco, atual Rádio Celinauta, e em Francisco Beltrão, atual Princesa.

Padre Bressani argumenta que, como há uma riqueza de livros e produções audiovisuais sobre a Revolta dos Posseiros, o desafio em sua pesquisa foi fazer um recorte sobre o papel do radiojornalismo naquele contexto. Avaliou que as emissoras, mesmo diante das dificuldades operacionais da época, demonstraram-se capazes de lidar com os fatos, produzindo e propagando informações seguras e éticas sobre a realidade dos trabalhadores. “Foi um intenso trabalho de seleção do tema, planejamento, seleção das fontes, coleta dos dados, checagem e organização das informações, construção do roteiro, entrevistas, produção, edição e finalização, mesmo com as limitações impostas pela pandemia”, contou o professor de Comunicação no Instituto Sapientia de Filosofia, diretor e editor da Revista Olhar Diocesano e assessor eclesiástico da Pastoral da Comunicação do Paraná, Regional Sul 2.

O diretor do curso e orientador da pesquisa, dr. Guilherme Carvalho, destacou que o trabalho acadêmico demonstrou o papel do rádio como protagonista na Revolta, expressando muito do que é o Brasil, do que acontece neste País ao longo da história, em geral apontando beneficiamento de certos interesses e grupos em detrimento de outros, muitas vezes das classes sociais mais humildes. “Apresenta o rádio como instrumento civilizador, salvando vidas, evitando mortes e riscos com a vida. Um trabalho de valor inestimável para outras gerações e o papel do rádio na história”, pontuou.

A banca examinadora foi formada pelos professores André Corradini e Jeferson Ferro e aprovou o trabalho com recomendações para publicação e inscrições em concursos de jornalismo, mediante a relevância do tema e a qualidade da produção.
*Com informações do site RBJ.

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