Prefeito Cleber Fontana se reuniu com os líderes da categoria para avaliar as propostas.
Ontem pela manhã, mais de 300 professores da rede municipal ensino estiveram mobilizados em frente à Prefeitura de Francisco Beltrão. Nos pronunciamentos, críticas à administração municipal e à imprensa e em defesa da valorização da educação, “contra o achatamento salarial”.
O dia de greve e protesto (de escolas e CMEIs) foi em favor do artigo 29 do Plano de Cargos, Carreira e Salários, que foi alterado pela administração e não conseguiu votos necessários na Câmara de Vereadores para reverter a alteração.
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Os professores foram recebidos pelo prefeito Cleber Fontana (PSDB) e, segundo Lirani Maieski, do Sintepfb (Sindicato Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Francisco Beltrão), o prefeito sugeriu que se faça um parecer técnico da contabilidade para então dar uma nova redação ao artigo 29.
Na tarde de ontem, a categoria esteve reunida para definir os encaminhamentos, mas a categoria permanece em estado de greve. “Dia 7 [sábado da semana que vem], na abertura da Expobel, faremos uma mobilização. Dia 18 [uma quarta-feira], paramos em greve nacional em defesa do Fundeb. Paralelo a isso, criamos uma comissão de cinco pessoas, juntamente com um órgão contábil, e estaremos fazendo um estudo da contabilidade de Francisco Beltrão, no dinheiro envolvido na educação”, informou Lirani.

Ontem, mais de 300 professores municipais estiveram mobilizados em frente à Prefeitura de Francisco Beltrão.
A categoria permanece em estado de greve.
Conversa com o prefeito
O prefeito Cleber recebeu uma comissão de professores para a continuidade das conversações sobre temas de interesse da categoria. É o segundo encontro realizado nos últimos dias.
Cleber garantiu mais uma vez o pagamento do piso salarial do magistério e sugeriu um estudo a respeito dos próximos reajustes através de utilização de mecanismos que não comprometam o equilíbrio financeiro da Prefeitura. De forma conjunta será construído um projeto neste sentido. Uma série de outros temas foram tratados, além da garantia da continuidade das conversações.

Entenda a situação
Em janeiro, o prefeito Cleber Fontana enviou ao Legislativo um projeto de lei concedendo reajuste de 4,48% para todas as categorias de servidores públicos. Um dos artigos previa a supressão de parte do artigo 29. Uma emenda modificativa ao projeto foi apresentada e votada, tendo a aprovação da maioria dos vereadores. E o prefeito vetou essa emenda.
A categoria defende o aumento de 12,84% do piso salarial previsto no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
E também a hora-atividade de 33% para os professores e a participação do Sindicato nos conselhos municipais de Educação e do Fundeb.
A Câmara de Vereadores teve sessão extra sexta-feira passada, 22. A oposição obteve oito votos para derrubar o veto. Precisaria de nove.
Votaram contra o prefeito os vereadores Rodrigo Inhoatto (PDT), Evandro Wessler (Cidadania), Aires Tomazoni (MDB), Camilo Rafagnin (PT), Ademir Walendolff (Patriota), Daniela Celuppi (PT), Valmir Dile Tonello (PMN) e o presidente da Casa, José Carlos Kniphoff (PDT).
A favor do veto do prefeito, Elenir Maciel (PP), Léo Garcia (PSC), Silmar Gallina (PSDB), Paulo Grohs (PSDB) e Lurdes Pazzini (MDB).
