Amanhã, dia 9, os professores reduzirão a carga horária de trabalho em duas horas. Nas creches, o atendimento iniciará duas horas mais tarde.
Professores da rede municipal de ensino e os educadores infantis dos Cmeis decidiram por unanimidade iniciar a paralisação das atividades escolares por tempo indeterminado a partir do dia 23 de abril, uma quarta-feira. A decisão aconteceu dia 1º de abril, em assembleia. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Francisco Beltrão, o professor Amauri Rocha do Nascimento, antes da paralisação acontecer, a categoria aguarda uma negociação positiva com a administração municipal. Mas enquanto a decisão não ocorre, os professores optaram por reduzir a carga horária de trabalho em duas horas nos dias 9, 11, 14, 16 e 22 de abril. ?Nestes dias, os alunos serão liberados duas horas mais cedo, nas escolas, enquanto que nos Cmeis começarão duas horas mais tarde?, avisa o presidente.
Medida de alerta
Conforme Amauri, essa decisão de iniciar a paralisação aos poucos, com duas horas a menos de aula em cinco dias letivos, a começar por amanhã, quarta-feira, se deu pelo descumprimento do compromisso assumido pela administração, ainda em outubro de 2013.
Os professores reivindicaram na época a readequação do Plano de Cargos e Salários com uma nova redação, na qual já tinham acordado, em agosto do ano passado. Além disso, segundo Amauri, a paralisação do mês de abril se deu pelo não acordo dos professores diante da proposta de revisão da Lei 2.950 do magistério. ?Lei esta que não contempla as reivindicações apresentadas pela categoria, a qual contraria o Artigo 2º da resolução nº2 de 28 de maio de 2009 e disposto no Artigo 6º da Lei 11.738 de 2008, que determina aos entes federados a adequação de seus Planos de Carreira e remuneração do magistério até 31 de dezembro de 2009.?
O presidente diz em nota, inclusive enviada aos pais e toda a comunidade escolar, que a luta dos professores é para que o município aplique e pague no mínimo a correção definida pelo Ministério da Educação (MEC), para 2014, do Piso Nacional dos Professores, ou seja, 8,32%. ?Esta correção deveria ser feita em janeiro, mas até o momento isso não aconteceu.?
Infelizmente, como ressaltou Amauri na carta enviada à imprensa, a categoria resolveu utilizar a paralisação por tempo indeterminado como último recurso. Segundo o presidente, já houve várias ações dos educadores, bem como mobilizações e muita conversa para evitar que chegasse a esse ponto. ?Tudo isso não foi suficiente para sensibilizar o poder executivo sobre a importância das reivindicações para a melhoria da qualidade da educação pública do município?, declarou.