Para aprimorar os conhecimentos e trocar experiências, os professores do Cesul (Faculdade de Direito de Francisco Beltrão) participam de cursos de formação oferecidos pela instituição. O primeiro encontro aconteceu em agosto com a presença da professora Ioná Beatriz Beraldo Mateus, pedagoga e coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico da Faculdade de Pato Branco (Fadep). Naquela oportunidade, Beatriz deu início à discussão sobre a importância das avaliações e das mesmas serem bem aplicadas nas provas que chegam até os acadêmicos.
O segundo encontro, também coordenado por Beatriz, se deu no mês de setembro. O objetivo dessa vez foi trabalhar as diretrizes para a formulação de avaliações. Segundo a professora, uma aula complementa diretamente a outra. “No início do curso focamos nas bases metodológicas e agora trabalhamos com as diretrizes para auxiliar os docentes na construção das avaliações, seja nos enunciados, nas questões objetivas e dissertativas.”
Beatriz informou que a ideia é discutir com os professores quais os padrões que serão aplicados nas avaliações. A princípio, as provas devem se basear nos modelos do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e nos exames da ordem. “O intuito é então que os educadores tenham condições de construir essas questões no mesmo nível de dificuldade”, explica.
Para que pudessem se aprofundar melhor no tema proposto, os professores que participaram do curso tiveram momentos teóricos e práticos, em que se dividiram em grupo e socializaram os resultados.
Avaliação do aluno avalia professor e instituição
Na opinião da pedagoga, a avaliação é de suma importância, já que não avalia apenas os alunos, mas sim os professores e a própria instituição. Para Beatriz, a avaliação é um instrumento que fornece o resultado do trabalho, ou seja, “não só mede o aprendizado de nossos alunos, mas é o espelho do que a instituição e professores estão conseguindo efetivamente ensinar aos nossos alunos”.
Conhecer os resultados das avaliações exige dos educadores uma tomada de decisão, comenta Beatriz. “O que fazer com os números que nós temos? Por isso, a própria avaliação se torna um instrumento de transformação, quando através dela eu aprofundo o aprendizado.”
Outro fator importante é que, por meio das avaliações, é possível rever conteúdos que ficaram mal compreendidos pela turma. “O aluno foi mal, existe sim sua responsabilidade de estudar, mas também é possível enxergar no âmbito geral da turma algum tema que não ficou bem discutido e que possa ser retomado de forma mais adequada”, salienta.
Os encontros de formação dos professores devem ser retomados a partir do ano letivo de 2015. Até porque, numa primeira análise, a participação foi positiva e rendeu bons debates e estudos. “Os professores são muito interessados, trazem questões muito pertinentes e percebi a intenção deles em colocar em prática o que aprendem aqui”, enfatiza Beatriz.
Para Rafael Schultz Barh, assessor da mantenedora, com relação à formação continuada de professores, em especial, os dois módulos realizados, houve participação ativa dos docentes. “Eles trouxeram ideias e puderam rever algumas metodologias de avaliação em sala de aula, pensar outras possibilidades”.
