Projeto foi criado em 2001 em apoio às agroindústrias.

Um projeto de extensão da Unioeste, campus de Francisco Beltrão, presta serviço gratuito para a rotulagem correta de alimentos artesanais de origem vegetal e animal produzidos no Oeste e Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina. O trabalho de segurança alimentar é desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Segurança Alimentar (Gepsa), ligado aos cursos de Economia Doméstica e Nutrição.
Denominado Projeto Informação Nutricional –Rotulagem de Alimentos, o trabalho foi criado, em 2001, antes mesmo da regulamentação das informações nutricionais pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), consolidada em 2002. Atende, também, critérios do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e uma política do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2002.
Com efetiva participação de docentes pesquisadores e alunos da graduação, o projeto atende produtores vinculados ao Núcleo de Agroecologia da Unioeste, de Francisco Beltrão, com participação do Instituto de Desenvolvimento Rural (antiga Emater) de Francisco Beltrão, Salgado Filho, Itapejara D’Oeste, Verê entre outros municípios da região.
Sem a rotulagem e descrição nutricional, alimentos e bebidas não podem ser vendidos legalmente no varejo, ou seja, supermercados, panificadores, mercearias, entre outros pontos de venda. É no rótulo que consta a lista de ingredientes, prazo de validade e informações nutricionais, assim como a medida caseira, que é como o consumidor mede os alimentos (fatias, xícaras, colheres, etc). Informações sobre conservantes, lactose, glúten e diversos outros itens usados na composição de alimentos são fundamentais para pessoas com algum tipo de alergia ou intolerância a ingredientes ou doenças como obesidade, hipertensão e diabetes.
O Gepsa orienta e auxilia indústrias de alimentos de origem animal, vegetal ou panificados. Com ajuda dos acadêmicos, os produtores informam corretamente no rótulo a quantidade carboidratos, proteínas, gorduras totais, sódio, além de valores energéticos dos produtos fabricados e comercializados na região de abrangência.
Trajetória do projeto
Atualmente o Projeto de Informação Nutricional é coordenado pela professora doutora Rose Mary Helena Quint Silochi, pesquisadora que atua na elaboração de segurança nutricional. “No que se refere à formação acadêmica e à extensão, o projeto cumpre papel importante de interligar teoria à prática e familiarizar estudantes de Nutrição com a ação extensionista na comunidade externa”.
Entre as atividades do projeto, está a orientação correta para que os produtores de alimentos sigam as exigências do setor de Segurança Alimentar e Nutricionais estabelecidas pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), editada em 2006 e pela DDAA, da ONU, entre outras leis.
A coordenadora esclarece que o objetivo central é prestar serviço às agroindústrias, panificadoras e agricultores da educação alimentar em escolas municipais, além de promover a participação em atividades de extensão, internas e externas, “O referido projeto vem, ao longo desses anos, alcançando seus objetivos, acolhendo a demanda constante da comunidade externa e é o mais antigo projeto de extensão da área de alimentação e nutrição”.