A Escola Municipal Juscelino Kubitschek implementou, a partir de uma experiência-piloto realizada em 2010 com turma de 3º ano do 1º ciclo, uma metodologia diferenciada, que promoveu transformações no trabalho desenvolvido na instituição. Aspectos relacionados ao trabalho dos professores, ao processo de ensino e aprendizagem, ao planejamento e à formação continuada em parceria com docentes da Unioeste são indicadores efetivos das mudanças vivenciadas pela escola.
No decorrer do período de 2010 a 2014, buscou-se o aperfeiçoamento das práticas, obtendo ótimos resultados, inclusive nas avaliações externas, como foi o caso do ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização) – realizada em 2013 e com resultados divulgados em 2014.
A escola conta com um processo de formação continuada que possui características marcadas pela continuidade, reflexão sobre a ação, troca de experiências e estudos visando embasar teoricamente as práticas pedagógicas. Os “Momentos Coletivos”, como são chamados os espaços de formação continuada realizados na própria escola, são possíveis a partir de uma organização interna da instituição, aprimorada com a participação dos acadêmicos do curso de Pedagogia (Unioeste) vinculados ao Programa Institucional de bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).
Reorganização das aprendizagens
No âmbito das estratégias metodológicas, destacam-se as ações que auxiliam a participação efetiva das crianças no processo de aprendizagem. O projeto de trabalho, enquanto prática curricular, é uma atividade dirigida a uma meta definida e tem como base para o trabalho os conteúdos e as expectativas definidas para cada ano/turma. Nesse processo, elenca-se uma problemática, de interesse da turma, que será objeto de estudo, sendo escolhida, discutida e planejada por todos (professores e alunos).
A realização de um projeto se estabelece a partir de quatro fases, objetivando assim sua dinâmica didático-curricular: Intenção; Preparação; Execução; Avaliação.
No breve espaço deste texto, ressaltam-se algumas das práticas inerentes à primeira fase do trabalho por projetos, cujo marco principal é a construção do mapa conceitual.
Mapas conceituais
A estratégia metodológica dos “Mapas Conceituais” ocorre da seguinte maneira: a partir da proposta curricular, os professores definem os conteúdos, expõem para os alunos e juntos planejam o trabalho e definem metas para o processo de estudo do assunto em questão, como: procedimentos de pesquisa, leituras, atividades de cálculos, experiências práticas etc. Esse é um rico momento de diálogo e de exposições de curiosidades que as crianças têm acerca do assunto, e isto atribui significado ao desenvolvimento do projeto. É comum os professores se depararem com questões que vão além do conteúdo indicado pelo currículo escolar.
No “Mapa Conceitual” consta o que as crianças querem saber, o que elas também já sabem, dando ao professor a dimensão da zona de desenvolvimento real do aluno.
Diante desse panorama, são planejadas as atividades a partir das necessidades de ensino da turma. É possível contemplar todas as disciplinas num assunto abordado, e eles aprendem com uma série de atividades que são de seu interesse. Dois dos principais resultados: um está em como eles têm prazer em pesquisar e o outro é como eles têm facilidade em falar daquilo que aprenderam.
