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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Sem acordo, professores mantêm greve de fome

Ontem, a Sesa confirmou que a prova para o PSS acontecerá dia 13 de dezembro.

Domingo, professores se reuniram em frente ao NRE em apoio aos grevistas.

A greve de fome feita por professores em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, deve chegar a 120 horas na manhã de hoje. Sem acordo com o Governo do Estado no pedido para revogação do Edital 47/2020 — que prevê uma prova presencial aos contratados por PSS (Processo Seletivo Simplificado) — e para a prorrogação de contrato desses profissionais, os manifestantes irão continuar acampados em frente à sede do governo.

A manifestação iniciou terça-feira, 17, com uma caminhada e acampamento em frente ao palácio. Na quarta, sem conversa com o governo, os professores ocuparam o Plenarinho da Assembleia Legislativa, onde passaram a noite, mesmo recebendo pedido de reintegração de posse e com possibilidade de multa diária de R$ 30 mil. Na quinta, 19, pela manhã, eles saíram pacificamente do Plenarinho e voltaram a acampar em frente ao Iguaçu, onde fizeram a última refeição.

Eliane Figura, presidente do Núcleo de Francisco Beltrão da APP-Sindicato e funcionária de escola em Dois Vizinhos, era uma das 21 pessoas que seguiam na greve até ontem à tarde. Por mensagem de voz, ela relatou algumas dificuldades enfrentadas nestes cinco dias sem comer e à espera de uma resposta do governo.

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“Eu, particularmente, me senti muito mal depois das 40 horas de jejum, fortes dores de cabeça, muita náusea, tive crises de choro também, bastante alteração do humor, mas depois das 48 horas acho que o corpo se acostuma, a gente tá tomando bastante água e estamos sendo acompanhados por uma equipe médica que faz a verificação dos nossas sinais vitais, temos uma ambulância de prontidão”, contou, com certa dificuldade para falar, pela falta de ar. Todos os manifestantes fizeram teste para Covid-19 e tiveram resultado negativo.

“É doído, sabe, ver o quanto nós precisamos mendigar, o quanto a gente precisa fazer para que o governo nos ouça. Hoje [ontem] pela manhã ficamos aguardando se o governo tem um posicionamento e o que saiu foi uma nota no site, não se dignou a conversar novamente conosco, estamos tentando ainda fazer com que o governo repense essa posição”, acrescentou Eliane.

A nota a que ela se refere foi publicada no site oficial Agência Estadual de Notícia (AEN) com a confirmação da prova de seleção do PSS para o dia 13 de dezembro. “Nós queremos um trabalho com dignidade, serão aproximadamente 10 mil funcionários demitidos no final deste ano, a maioria mulheres. A gente pede que esse contrato seja renovado, como é que em plena pandemia essas dez mil pessoas vão arranjar emprego?”, questionou a sindicalista.

APP convoca assembleia
Ontem, no fim da tarde, com a manutenção do edital, o comando estadual de greve decidiu convocar a categoria para uma assembleia estadual extraordinária nesta quinta-feira, 26. A reunião será on-line, a partir das 15h. Estará em pauta o início de uma greve geral em todo o Estado.

 

Educação confirma prova para seleção de professores PSS
AEN – A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte informou ontem que o Processo Seletivo Simplificado (PSS) para professores ultrapassou a marca de 35 mil candidatos inscritos. O edital dessa chamada fechou nessa segunda-feira, 23. Haverá prova de conhecimento na área em que o candidato se inscrever e em que pretende dar aula. A prova de títulos e o tempo de serviço — critérios utilizados em anos anteriores — ainda são parte do processo de seleção. As provas serão aplicadas em 13 de dezembro nas cidades-sede dos núcleos regionais de Educação (NRE). No dia da avaliação, serão adotadas normas rígidas de prevenção da Covid-19, seguindo protocolo da empresa que organiza a prova e as determinações sanitárias da Secretaria de Estado da Saúde.

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