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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Setembro Amarelo: Nutrientes que melhoram o quadro de depressão e ansiedade

Psiquiatria nutricional é uma área nova para estudo, que correlaciona transtornos mentais, anormalidades metabólicas e nutricionais nas doenças crônicas.

A nutrição pode ter papel determinante na prevenção e no tratamento multidisciplinar das doenças mentais. No mês de setembro, com ampla divulgação da Campanha Setembro Amarelo, também fica em evidência o impacto que a nutrição pode ter sobre algumas doenças e problemas que abrangem a saúde mental.

Segundo a professora mestre Mirian Cozer, docente do curso de Nutrição, da Universidade Paranaense (Unipar), de Francisco Beltrão, distúrbios alimentares e deficiência de nutrientes podem prejudicar a saúde de forma significativa. Alguns nutrientes quando ingeridos na quantidade correta, podem auxiliar na melhora de doenças como a depressão e a ansiedade.

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Para a coordenadora do curso de Nutrição, professora doutora Indiomara Baratto, a psiquiatria nutricional é uma área nova para estudo, que correlaciona transtornos mentais, anormalidades metabólicas e nutricionais nas doenças crônicas. O termo “Psiquiatria Nutricional” surgiu em 2013, pós-declaração consensual que defendeu como um novo campo de pesquisa focado no desenvolvimento abrangente de evidência, coesa e cientificamente rigorosa para apoiar uma mudança no pensamento em torno do papel da dieta e nutrição em saúde. A psiquiatria nutricional vem promovendo a interação entre nutricionista-psiquiatra-neurocientista, que tem sido recomendada no cuidado nutricional de pacientes com doenças crônicas.

Nutrientes que não podem faltar na dieta destes pacientes:
– Vitamina D: auxilia no sono, nos ritmos circadianos e no crescimento neuronal, pode ser encontrada na gema do ovo, em peixes como atum, sardinha, salmão e também em suplementos nutricionais. É importante lembrar que precisa ser ativada no organismo, para isso a exposição solar diária é indicada (15 minutos/dia antes das 10h da manhã ou após as 16h da tarde), indica a acadêmica do 4º ano do curso de Nutrição, Aline Souza.
– Zinco: aumenta a capacidade de sobrevivência das células do sistema nervoso central. Pode ser encontrado na carne vermelha, nos peixes, no leite e derivados, amendoim, castanhas, feijão, grão de bico, banana, uva, abacate.
– Triptofano: tem a função de ser o precursor da serotonina, ou seja, ele é convertido em serotonina, que é considerado o hormônio da felicidade. Pode ser encontrado em queijos, ovos, arroz integral, feijão, carne vermelha, peixes, aves, cacau, banana, manga e abóbora.
– Magnésio: participa da formação e da utilização de energia, também tem a função de ligação com o receptor da serotonina. Pode ser encontrado em castanhas, nozes, amendoim, vegetais folhosos escuros, beterraba, quiabo, banana e abacate.
– Ácidos graxos poli-insaturados: constituem as células do sistema nervoso, são anti-inflamatórios e auxiliam no sistema imunológico. O Ômega 3 pode ser encontrado em peixes de água fria, como salmão, arenque, cavala, sardinha e atum.

Alimentos que devem ser evitados
Alguns alimentos devem ser evitados, principalmente os industrializados, como salgadinhos, bolachas recheadas, frituras, comidas gordurosas, carboidratos refinados, açúcar branco, embutidos como salsicha, presunto e linguiça, ainda bebidas alcoólicas e cafeína.

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