A reposição total das aulas já é considerada impossível, por isso, os trabalhos impressos ou pela internet se tornam cada vez mais importantes para os alunos.

A secretária de Educação, Luciana Perondi, concedeu, recentemente, entrevista para o Programa Sete e Meia da Rádio Educadora AM em Dois Vizinhos. Na ocasião, ela falou sobre como a pandemia mudou a rotina dos alunos, professores e pais. “Estamos encaminhando as atividades para serem feitas em casa, usando tecnologias como WhatsApp e alguns pais buscam elas impressas. Porque chegamos nisso? Porque já se tornou humanamente impossível a reposição de aulas presenciais. Esse trabalho atinge desde os alunos do berçário até o último ano do fundamental. As famílias estão entendendo o momento, os professores estão se reinventando, correndo atrás, fazendo vídeos, entrando em contato com os pais e sabemos que as famílias tem horários limitados, mas os professores estão se dispondo a ajudar em outros horários para manter as crianças em atividades”, explica.
A secretária entende que este período longe das salas de aula, infelizmente, comprometeu a qualidade do ensino oferecido. “O que ouvimos dos especialistas é para não abandonar as crianças. Se não vamos conseguir atingir a qualidade pedagógica que planejamos, não podemos abandonar ninguém. Temos que trazer todo mundo e chegar no retorno com todas as crianças juntas. De repente não vai ter a questão pedagógica, mas vai ter contato diário com as atividades e isso é importante para as crianças. Não queremos fazer com que o pai e a mãe virem professores, por isso, trabalhamos com atividades que consigam ser desenvolvidas por todas as famílias de forma mais tranquila”, acrescenta.
A diretora do Departamento de Ensino, Rosane da Rosa, destacou que foi preciso estudar e elaborar documentos que validassem as atividades à distância. “Tivemos que nos orientar em documentos, sejam eles federais, estaduais e também municiais. Norteamos o trabalho de validação de tudo isso que está sendo feito pelas famílias.Não foi fácil, sentamos, estudamos, interpretamos as leis, mas acredito que, devagar, se organizou. A reposição é impossível e temos que buscar algo que valide esse período para o calendário e tudo será encaminhado depois para os órgãos competentes para ter o aval”. Ela também ressaltou que entende as dificuldades das famílias. “Não trabalhamos só com WhatsApp porque muitas famílias tem apenas um celular, então, temos consciência das dificuldades de acompanhar tudo o que é proposto. Escola, famílias e professores precisam se abraçar, pois se cada um puxar para um lado, não vai dar certo”, conclui Rosane.